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Os rumos do mercado

Balanços salvam a semana e dão ânimo aos mercados internacionais

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Por Redação
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Após dias de apatia e insegurança, a semana pode ter um final mais entusiasmado nos mercados internacionais. Pelo menos é o que indica o início dos negócios nas praças europeias, diante da procura por ações e commodities.   Enquanto prevalecem as preocupações com o ritmo da recuperação econômica global, o setor corporativo continua esbanjando bom desempenho e segurando o humor dos investidores. Foram bem recebidos os balanços da Oracle e da RIM, fabricante do BlackBerry, divulgados ontem à noite. As ações das empresas subiram na negociação do after market e o sentimento positivo ainda prevalece nesta manhã.   O risco para o dia vem, é claro, dos indicadores nos Estados Unidos. Os últimos dados mostram resultados divergentes e deixam os investidores confusos sobre o estado da maior economia do mundo. "O medo de um novo mergulho recessivo diminuiu, mas, ao mesmo tempo, não há evidência de uma recuperação robusta", avalia Philip Marey, analista do Rabobank.   Os destaques de hoje são a inflação ao consumidor em agosto (às 9h30, de Brasília) e a confiança do consumidor medida pela Universidade de Michigan (às 10h55). Também podem trazer volatilidade os vencimentos nos mercados de opções em Wall Street e na Europa.   Temores de deflação andam rondando os EUA, por isso os índices de preços são um componente importante. "Com o núcleo de inflação já abaixo de 1%, qualquer movimento de queda pode reforçar as preocupações deflacionárias e renovar as especulações sobre mais desaperto quantitativo do Fed", acredita John Hydeskov, analista-sênior do Dankse Bank.   O mercado internacional de câmbio também continua no centro das atenções, já que a semana concentra o cuidado de governos com a valorização cambial. Descontentes com o yuan fraco, os Estados Unidos aumentaram a pressão sobre o governo chinês. O Japão partiu para a compra de dólares na quarta-feira, depois de ver o iene bater a máxima em 15 anos - para descontentamento dos alemães, principais concorrentes no mercado exportador e que se beneficiam do euro desvalorizado em relação à moeda japonesa.   E o Brasil pode colocar em prática uma ofensiva para deter o real, diante da enxurrada de dólares no País, fruto de diversas captações externas e da mega oferta da Petrobras.

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