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Os rumos do mercado

Exterior segue instável com temor sobre EUA e mal-estar com Fed

s. O clima de apreensão ganha ares mais carregados pela agenda cheia de dados importantes desta semana, que devem confirmar a desaceleração econômica.

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Por Redação
Atualização:

Também começa a se formar certo mal-estar em relação ao Federal Reserve. Depois da primeira leitura positiva do discurso de Ben Bernanke na sexta-feira, que desencadeou um rali por se comprometer a agir caso necessário, os investidores começam a achar que a ajuda pode chegar tarde.

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Como a atuação da autoridade monetária é um ponto central das estratégias de investimento, a ata da reunião do Fomc, a ser divulgada às 15 horas (de Brasília), atrairá as atenções hoje. Os analistas querem saber mais detalhes sobre as divergências entre os membros do Fed para a retomada de medidas não-convencionais.

"Bernanke disse no simpósio de Jackson Hoje que não há consenso dentro do Comitê sobre os desencadeadores de novas compras de ativos, o que aumentou a preocupação no mercado de que o Fed pode ficar atrás da curva da deflação", avalia Lena Komileva, diretora da corretora britânica Tullett Prebon.

Para o estrategista de câmbio do ING, Chris Turner, uma ação imediata do Fed parece estar descartada. Quer dizer, a autoridade se comprometeu a agir se a situação piorar, mas não se sabe quando exatamente isso ocorrerá. É por isso que, embora venha logo depois do discurso de Bernanke, a ata de hoje ganha importância, já que todas as pistas serão consideradas.

"(A ata) revelará informação importante sobre o nível de discordância entre os membros do Fed e pode fornecer dados sobre como exatamente a situação está preparada para mais desaperto quantitativo", escreve aos clientes o analista-sênior do Danske Bank Lars Tranberg Rasmussen.

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Todo mundo viu que a estratégia do Banco do Japão para conter a alta do iene não está dando certo neste primeiro momento. Analistas consideram que a autoridade japonesa demorou a agir e, quando tomou uma atitude, não foi forte o suficiente para ajustar o câmbio. Ontem, o BoJ ampliou o programa de financiamento aos bancos, mas o iene continuou subindo - mesmo depois de o governo anunciar o esboço de um novo pacote de estímulo fiscal.

A agenda dos EUA ainda traz hoje o indicador de preços de moradias S&P/Case-Shiller (10h), o índice ISM de atividade das empresas de Chicago (10h45) e a confiança do consumidor da Conference Board (11h). Tudo serve como aquecimento para o aguardado payroll na sexta-feira, ponto alto da semana.

Às 8h51 horas (de Brasília), as bolsas de Londres (-0,94%), Paris (-1,13%) e Frankfurt (-0,88%) recuavam. O clima instável pesa sobre as commodities e faz o petróleo cair 1,38%, para US$ 73,67 o barril.

O iene continua subindo e, no mesmo horário (acima), estava em 84,40 por dólar, de 84,55 por dólar no fim da tarde ontem em Nova York. O euro subia a US$ 1,2671, de US$ 1,2663, enquanto a libra recuava a US$ 1,5411, de US$ 1,5459.

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