A definição vem embalada por uma lista potente, a começar pela divulgação do PIB norte-americano no terceiro trimestre (logo mais, às 10h30 de Brasília). Passa também pelas eleições para o Congresso dos EUA na terça-feira e reuniões de autoridades importantes: o Banco Central Europeu na quinta e o Banco do Japão na sequência, que antecipou o seu encontro e poderá agir imediatamente após o Fed. O gran finale vem com o relatório sobre o mercado de trabalho nos Estados Unidos, o sempre aguardado payroll, na primeira sexta-feira de novembro. De quebra, é Dia das Bruxas neste domingo.
Os investidores nacionais ainda passam pela eleição presidencial - começam a semana conhecendo o novo governante do Brasil e já fazendo prognósticos sobre o próximo governo. Por sorte, terão a terça-feira para descansar no feriado de Finados, antes do veredicto do Fed.
Os mercados se posicionaram para uma nova rodada de afrouxamento monetário nos EUA e derrubaram o dólar nas últimas semanas, estratégia que afetou diretamente os emergentes, como o Brasil. Mas, prevalece o suspense sobre o arsenal a ser usado pelo Fed. É a dosagem que fará toda a diferença para as estratégias de investimento nas diversas classes de ativos, passando por câmbio, ações e commodities, no mundo todo.
Como a política ultra acomodatícia é um estimulador para a tomada de risco, os investidores agora torcem para uma atitude mais agressiva do BC dos EUA. O PIB do terceiro trimestre pode funcionar como calibrador dessas expectativas e o consenso aponta para crescimento de 2,1% no terceiro trimestre. Se a economia surpreender e mostrar avanço mais firme, pode-se esperar reação negativa. Ou seja, a postura dos investidores neste momento é: quanto pior para a economia, melhor para os mercados.
Já as autoridades financeiras não se divertem nem um pouco com a situação. Depois da Coreia do Sul, agora a Indonésia sinaliza que pode adotar controle de capital para conter o fluxo de recursos que entra no país. Em entrevista ao Financial Times, o vice-presidente do BC do país, Budi Mulya, disse que restrições podem reduzir os efeitos nocivos do capital de curto prazo. No Brasil, as diversas medidas adotadas pela Fazenda seguram o dólar a R$ 1,70.
Antes da "super semana", os mercados internacionais adotam a cautela. As bolsas de Londres (-0,37%), Paris (-0,38%) e Frankfurt (-0,20%) cediam às 9h (de Brasília).
O euro recuava a US$ 1,3855, de US$ 1,3930 no fechamento de ontem em Nova York. A libra passava a US$ 1,5997, de US$ 1,5936. A moeda norte-americana valia 80,80 ienes, de 81,02 ienes na véspera.
O petróleo mostrava queda de 0,621%, para US$ 81,67 o barril, no pregão eletrônico da Nymex.