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Os rumos do mercado

Reunião do Federal Reserve conduz mercados internacionais na semana

O cenário internacional deve ser conduzido pela reunião de política monetária do Federal Reserve (Fed, o banco central dos Estados Unidos) nesta semana. A estratégia bastante relaxada da autoridade norte-americana produz ramificações pelos mercados no mundo todo. Ao injetar liquidez na economia, o Fed cria uma onda de fluxo de recursos para países emergentes, mantém o dólar desvalorizado e deixa as commodities pressionadas.

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Por Redação
Atualização:

Apesar do crescimento das divergências dentro do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc), analistas acreditam que a visão mais acomodatícia irá prevalecer por enquanto. Recentemente, alguns membros começaram a se manifestar a favor da reversão da política emergencial adotada para combater a crise, pois a economia dos Estados Unidos vem se recuperando, ainda que de forma irregular. Além disso, a inflação passou a bater na porta também da maior economia do mundo, depois de já ter se instalado em diversos outros países.

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Entretanto, os pombos comandados por Ben Bernanke ainda parecem ser maioria. O presidente do Fed vem dizendo que o desemprego continua elevado, daí a necessidade da manutenção do apoio monetário. Prevalece, portanto, a expectativa de que o programa de compra de títulos seguirá o curso planejado, com encerramento somente no final de junho.

É claro que será dada atenção máxima para as palavras da autoridade monetária. A oportunidade não poderia ser melhor porque Bernanke estreia nesta quarta-feira sua nova estratégia de comunicação com o mercado ao realizar a primeira entrevista coletiva após a reunião do Fomc.

Hoje, a liquidez fica restrita nos mercados internacionais pelo feriado na Europa. Londres também estará fechada na sexta-feira, pelo feriado nacional em razão do casamento do príncipe William e Kate Middleton. Apesar do ânimo britânico com o evento, prosseguem as dúvidas sobre a economia do país.

Na China, os temores com a disparada dos preços seguem presentes. A Bolsa de Xangai recuou 1,5% hoje, diante da expectativa de que o BC chinês poderá elevar novamente os juros para conter a inflação. Na ponta oposta está o Banco do Japão. Arrasado pelo terremoto seguido por tsunami no dia 11 de março, o país se depara com um período de dificuldades econômicas pela frente.

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No Brasil, o BC optou por uma elevação mais leve dos juros de 0,25 ponto porcentual na quarta-feira, para 12%, contrariando a aposta majoritária dos economistas de um aperto de 0,50 ponto porcentual. Sinalizou, entretanto, que o processo de aperto deve continuar ao dizer que diante do "ritmo ainda incerto de moderação da atividade doméstica, bem como a complexidade que ora envolve o ambiente internacional, o comitê entende que, neste momento, a implementação de ajustes das condições monetárias por um período suficientemente prolongado é a estratégia mais adequada para garantir a convergência da inflação para a meta em 2012".

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