Congeladas desde o histórico movimento popular eclodido em junho de 2013 por todo o Brasil, as tarifas de transporte público em São Paulo começam a subir no próximo dia 6. E o Movimento Passe Livre (MPL), responsável por alguns dos primeiros atos que levaram milhões às ruas para reclamar também de outras dores, já avisou:
- Não aceitaremos nenhum centavo a mais! Agora é de R$ 3 para baixo, até zerar!
Na ocasião, as tarifas de ônibus e metrô subiriam de R$ 3,00 para R$ 3,20. Mas, após as manifestações ganharem proporção inesperada - e depois de muito os dois baterem os pés -, o prefeito Fernando Haddad e o governador Geraldo Alckmin não tiveram escolha: recuaram.
Agora, a Prefeitura pretende levar o preço da passagem de ônibus, quando paga em cash, para os R$ 3,50. Quanto às viagens de metrô, por ora não há anúncio oficial em relação ao tamanho do reajuste.
Para quem quiser repetir o coro de 2013, de ? quem não pula quer tarifa ?, o primeiro "grande ato contra" do MPL está marcado para 9 de janeiro, em frente ao Teatro Municipal.
Quatro dias antes, no dia 5, eles prometem aula pública diante da Prefeitura - "se é que alguém ali ainda quer aprender alguma coisa", dizem. Ambos os eventos estão marcados para as 17hs.
Sobre o passe livre estudantil anunciado pela gestão Haddad, o MPL considera uma vitória de quem esteve nas ruas, "uma conquista do povo". E entende que cobrar passagens dos demais cidadãos "é uma escolha política pela exclusão de pessoas e em favor do lucro dos empresários de ônibus".
Procurados pelos De olho nos preços para maiores esclarecimentos, representantes do MPL ou se negaram a conversar ou não atenderam aos telefonemas. Mantemos nosso espaço aberto, caso queiram.
Doeu no bolso?
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