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'VAI TOMAR NO COOLER': Consumidores protestam contra o preço da cerveja

Após revolta com alto custo da bebida e outros produtos na praia neste verão, manifestação foi marcada para o dia 30, em Santos

Por Gustavo Santos Ferreira
Atualização:
 Foto: Estadão

Como mostramos aqui, tem muita gente #chateada com o preço pago pela cerveja nas praias. Recebemos por e-mail desabafos de consumidores mergulhados na mesma revolta. Entre eles, o de Antonio Luis Nilo, líder do movimento (de nome sugestivo, por assim dizer) "Vai tomar no cooler"- que chamaremos daqui para frente de "VTC".

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O VTC já se reuniu por duas oportunidades. De acordo com Nilo, mais de 200 aderiram de corpo presente às manifestações. Via Facebook, o grupo conta com mais de 4,7 mil seguidores.

 "Atribuímos o sucesso do VTC ao trabalho constante realizado na página do Face", diz Nilo. "Geramos conteúdo de interesse do público diariamente, como, por exemplo, listas de preços de cervejas, dicas de onde encontrar gelo barato, publicações de encartes com preços de coolers, cadeiras de praia, etc."

//www.youtube.com/embed/iWVcNc5JTMo

Outro leitor também deu voz à sua revolta: Anderson Kimura, nestas férias, passou uma semana na cidade de Caraguatatuba. Voltou para casa "perplexo".

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"Realmente os preços estão abusivos", diz. "Tudo é caro, um verdadeiro abuso, cobra-se para parar o carro (flanelinha), para usar a ducha, sem contar que os produtos são vendidos com o famoso 'ágio de temporada'. Fazer o quê?"

>>>> Preços abusivos na praia: como se defender? 

Um dos casos relatados por ele se destaca: ao fazer o aluguel de um guarda-sol e uma cadeira de praia, foi obrigado a pagar a consumação mínima de R$ 100. De acordo com ele, no mesmo quiosque, o mesmo serviço havia sido cobrado pela metade do preço, R$ 50, um dia antes.

Pelas regras do Código de Defesa do Consumidor, casos como o de Kimura configuram "preço abusivo", dada a mudança repentina da cobrança sem "justa causa" aparente. Quem, como ele, entender ter sido prejudicado, deve procurar pelo Procon local ou pela prefeitura da cidade.

 Foto: Estadão

Outra leitora, Anna Amélia de Carvalho, está "indignada". "Sou moradora do litoral norte de São Paulo há 13 anos e não concordo com a prática mais que abusiva na temporada", afirma.

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 Quem sustenta o comércio local durante o ano todo são os moradores, diz ela, caso contrário, "os comerciantes estariam falidos".

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"A maioria que sai de férias está disposta a pagar os preços cobrados", afirma. "Mas, nas poucas vezes em que vou à praia, levo meu cooler com meus quitutes... Triste realidade brasileira."

Para vocês que, assim como Anna e Kimura, não concordam com os preços cobrados neste verão, repassamos aqui o convite de Nilo, organizador do VTC.

 Foto: Estadão

A próxima "Revolta da Cerveja" do "Vai Tomar no Cooler" está marcada para 30 de janeiro, às 20h30.

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De cooler nas mãos, em frente à estátua de Vicente de Carvalho, no jardim da praia de Santos, cervejeiros da região estarão dispostos a colocar a raiva para fora tomando as suas geladas - compradas sob o preço mais barato possível e, apesar dos pesares, com bom humor.

Doeu no bolso? Conte a sua história por e-mail:

gustavo.ferreira@estadao.com

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