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Aversão ao risco faz Bovespa cair 2,08% hoje e 0,25% na semana

Alessandra Taraborelli, da Agência Estado

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Por Redação
Atualização:

SÃO PAULO - Depois de três altas seguidas, a Bovespa sucumbiu à aversão ao risco e voltou para o campo negativo e para os 54 mil pontos. O 'start' para o mau humor generalizado foi dado pela Espanha. Por um lado, os ministros de Finanças da zona do euro, o Eurogrupo, aprovaram o resgate aos bancos espanhóis. A notícia, no entanto, foi ofuscada pelo anúncio de que a região de Valência pedirá ajuda do governo central e pelo fato de que a projeção para o PIB do país foi reduzida. Internamente, a forte queda dos papéis da Petrobrás, Vale e siderúrgicas também pesaram para a performance negativa da Bolsa.

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As bolsas europeias fecharam esta sexta-feira em queda acentuada. Madrifechou o pregão com queda de 5,82%, a maior desde maio de 2010. Já Milão recuou 4,38%, enquanto Londres teve perda de 1,09% e Paris cedeu 2,14%. Frankfurt, por sua vez, caiu 1,90%.

Nova York fechou em queda e zerou os ganhos do mês de julho. O índice Dow Jones caiu 120,79 pontos (0,93%), fechando em 12.822,57 pontos. O Nasdaq recuou 40,60 pontos (1,37%), fechando em 2.925,30 pontos. E o S&P 500 teve retração de 13,85 pontos (1,01%), fechando a 1.362,66 pontos. Com os resultados de hoje, o Dow Jones agora acumula perda de 0,5% em julho, enquanto o Nasdaq recua 0,3% neste mês. O S&P ainda está no positivo, mas com uma alta acumulada de apenas 0,1%

Com isso, o Ibovespa encerrou esta sexta-feira com declínio de 2,08%, aos 54.194,79 pontos e registrou a segunda semana seguida de queda (-0,25%). No mês, os ganhos acumulados até ontem foram zerados (-0,29%) e, no ano, a queda subiu para 4,51%. Na mínima, o índice registrou 54.138 pontos (-2,18%) e, na máxima, 55.337 pontos (-0,02%). O giro financeiro atingiu R$ 5,734bilhões. Os dados são preliminares.

A semana terminou como começou: com maior aversão ao risco. No início da semana, as projeções do Fundo Monetário Internacional (FMI) para a economia global, os dados ruins sobre o varejo norte-americano e o alerta do premiê da China de que a recuperação do país ainda não é estável foram responsáveis pela queda de quase 1,71% do índice na segunda-feira. Hoje, foi a Espanha que pesou negativamente.

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Para o consultor financeiro da Corval Corretora Guilherme Cannan, o aumento da aversão ao risco se justifica em um cenário de tantas incertezas. Hoje a Bolsa de Madri encerrou o dia com queda de 5,82%, o maior declínio desde o início da crise de dívida da Europa, em maio de 2010.

Por aqui, entre as blue chips, Vale e Petrobrás fecharam no negativo. Vale acompanhou a queda do preço do minério de ferro para o menor nível em mais de oito meses. O papel ON perdeu 2,43% e o PNA, -1,79%. Petrobrás também seguiu o petróleo na Nymex. A ação ON da petroleira caiu 2,57% e a PN cedeu 2,24%. Já o contrato do barril de petróleo com vencimento em agosto perdeu 1,32%, a US$ 91,44.

Siderúrgicas também fecharam no vermelho. Gerdau PN (-2,91%), Gerdau Metalúrgica PN (-3,67%), Usiminas PNA (-3,25%) e Siderúrgica Nacional ON (-4,30%).

Em Nova York, o índice Dow Jones perdeu 0,93%, o S&P 500 recuou 1,01% e o Nasdaq, -1,37%.

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