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Bolsas da Europa fecham em queda com cautela antes de cúpula da UE

Renan Carreira, da Agência Estado

Por Mariana Congo
Atualização:

LONDRES - As bolsas da Europa fecharam em queda nesta segunda-feira em meio à cautela dos investidores antes da cúpula da União Europeia (UE) no fim desta semana. Eles temem que os líderes da região não vão fazer o suficiente para conter a crise da dívida soberana. O índice Stoxx Europe 600 fechou a sessão em baixa de 1,52%, aos 242,82 pontos.

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As ações da Nokia recuaram 11,4% depois de os papéis da companhia serem rebaixados pela Nomura Securities. As fabricantes de medicamentos também pesaram no índice europeu, com Novartis (-1%), Roche Holding (-0,9%) e Sanofi (-1,1%). A farmacêutica britânica Shire caiu 11,3%. Em Londres, o índice FTSE-100 fechou em baixa de 1,14%, aos 5.450,65 pontos.

Hoje, o jornal espanhol Expansión, citando fontes do setor bancário, informou que a agência de classificação de risco Moody's planeja anunciar mais tarde um grande rebaixamento de ratings de bancos da Espanha. O diário disse que a maior parte dos bancos deverá ser rebaixada para território especulativo (junk), exceto as instituições maiores, como Santander, Banco Bilbao Vizcaya Argentaria (BBVA) e CaixaBank.

Mais cedo, a Espanha fez um pedido formal de ajuda financeira à União Europeia (UE) para recapitalizar seus bancos, mas não especificou o valor do socorro. O governo disse que um memorando de entendimento deve ser assinado no próximo dia 9. O yield (retorno ao investidor) dos bônus de 10 anos do país subiu 30 pontos-base, para 6,59%.

O índice Ibex-35 da Bolsa de Madri teve queda de 3,67%, aos 6.624,00 pontos, a maior queda em um dia desde abril. BBVA caiu 5,5%, Santander recuou 4,7% e Telefonica registrou baixa de 4,6%. Por outro lado, Inditex subiu 0,4%.

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A Itália também foi fortemente atingida, já que o país é visto como o "próximo da fila" a mergulhar na crise após a nação espanhola. Em Milão, o índice FTSE MIB fechou em queda de 4,02%, para 13.113,78 pontos. Os bancos registraram perdas, com UniCredit (-7,3%), Banca Monte dei Paschi di Siena (-7,0%) e Banco Popolare (-6,2%).

De maneira mais geral, os mercados ficaram pressionados em meio ao ceticismo com a cúpula de líderes europeus no fim desta semana. Várias questões estão na agenda da cúpula, incluindo uma potencial renegociação dos termos de resgate da Grécia e propostas para criar uma união fiscal e bancária. Alguma forma de estímulo de crescimento também poder ser anunciada.

Além disso, a agência de classificação de risco Fitch rebaixou hoje o rating de longo prazo em moeda local e estrangeira do Chipre de BBB- para BB+, o primeiro nível dentro do grau especulativo. A perspectiva do rating é negativa.

Nos EUA, o Índice Nacional de Atividade caiu para -0,45 em maio, da leitura revisada de 0,08 em abril, disse o Federal Reserve de Chicago. É o terceiro mês seguido que essa média fica no território negativo, o que indica contração da atividade.

O índice CAC-40, da Bolsa de Paris, teve queda de 2,24%, fechando em 3.021,64 pontos, pressionado pelos bancos. Société Générale caiu 5,9% e BNP Paribas recuou 5,5%. Total teve perda de 1,7%. Os bancos também sofreram baixas na Alemanha. Deutsche Bank caiu 4,1% e Commerzbank recuou 2,4%. Em Frankfurt, o índice DAX registrou perda de 2,09%, aos 6.132,39 pontos. Siemens registrou queda de 2,5%.

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O índice ASE, da Bolsa de Atenas, recuou 6,84%, aos 566,79 pontos, com o Banco Nacional da Grécia recuando 13,6%. O índice PSI-20, da Bolsa de Lisboa, terminou o dia em baixa de 0,94%, aos 4.649,90 pontos. As informações são da Dow Jones. 

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