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Bolsas da Europa interrompem ganhos e fecham em baixa antes do Fed e BCE

Sergio Caldas, da Agência Estado

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Por Redação
Atualização:

LONDRES - As bolsas europeias interromperam a série de ganhos dos últimos pregões e fecharam majoritariamente em baixa nesta terça-feira, pressionadas por alguns balanços ruins e com investidores evitando tomar posições antes das reuniões de política monetária nos EUA e Europa.

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O índice Stoxx Europe 600 caiu 1%, para 261,38 pontos, após três sessões em alta. Em julho, no entanto, o ganho acumulado foi de 4,1%.

O Federal Reserve, o BC norte-americano, começa hoje e conclui amanhã sua reunião para revisar juros. Os investidores querem saber se o Fed anunciará uma nova rodada de compra de títulos numa tentativa de estimular a economia dos EUA, cuja recuperação tem sido cambaleante. Na quinta-feira, será a vez do Banco Central Europeu (BCE) e do Banco da Inglaterra (BoE, na sigla em inglês) fazerem seus anúncios de política monetária.

O índice de Londres, o FTSE 100, apresentou a maior perda hoje, de 1,02%, e fechou na mínima do dia, aos 5.635,28 pontos. A BP, que frustrou o mercado com uma forte queda no lucro do segundo trimestre, deu um tombo de 4,4%. Já o Royal Bank of Scotland (RBS) recuou 3,8%, em parte por causa de um comentário de seu executivo-chefe, Stephen Hester, de que o banco poderá receber uma multa pesada por seu suposto papel no escândalo da manipulação da Libor. Em julho, porém, o índice garantiu uma alta de 1,15%.

Em Paris, o índice CAC-40 caiu 0,87%, para 3.291,66 pontos, também o nível mais baixo do dia, num movimento de realização de lucros. Nas última sessões, a bolsa francesa havia acumulado ganhos de quase 8%. No setor financeiro, caíram o Société Générale (3,6%), BNP Paribas (3,3%) e Crédit Agricole (2,4%). Michelin, que foi rebaixada pelo JPMorgan, recuou 2,8%. A EDF, por outro lado, subiu 1,7%, após divulgar resultados semestrais mais fortes que o esperado. No mês, a alta do índice francês foi de 2,97%.

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O índice de Madri, o Ibex-35, perdeu 0,94% e fechou aos 6.738,10 pontos, após quatro pregões consecutivos de alta, em meio a notícias de que cresceu a fuga de capitais da Espanha e de vendas fracas no varejo em junho. Repsol liderou as perdas, com uma queda de 3,7%. BBVA, que divulgou queda nos lucros, encerrou com baixa de 0,9%. Em julho, o Ibex-35 despencou 5,13%.

Em Milão, o índice FTSE Mib cedeu 0,62%, para 13.890,99 pontos. A Fiat caiu 4,4% depois de reiterar as projeções de 2012 apesar de registrar um prejuízo trimestral maior do que o esperado. Entre bancos, Intesa SanPaolo, UniCredit e Monte dei Paschi tiveram perdas de 2,2%, 2,1% e 1,9%, respectivamente. Por outro lado, UBI Banca e Banca Popolare di Milano avançaram 4% e 2,9%. Ao longo do mês, o índice italiano recuou 2,53%.

O índice Dax, de Frankfurt, terminou o dia quase estável, com uma ligeira queda de 0,03%, aos 6.772,26 pontos, após atingir a máxima de 6.835,19 pontos. Os ganhos vistos mais cedo foram apagados depois de o Bundesbank, BC da Alemanha, comentar que O BCE precisa concentrar sua política monetária na estabilidade de preços na zona do euro. A Infineon teve o maior ganho da sessão, saltando 6,7% após a divulgação de resultados trimestrais acima da expectativa. Outro destaque foi a Daimler, que avançou 1,5%. Em julho, a bolsa alemã teve um forte ganho de 5,55%.

A Bolsa de Lisboa foi a exceção desta terça. O índice PSI-20 teve um pequeno ganho de 0,07% e fechou aos 4.688,08 pontos, reduzindo a perda do mês para 0,21%. As informações são da Dow Jones.

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