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Bolsas europeias fecham em alta com consumo nos EUA e leilão na Itália

Renan Carreira, da Agência Estado LONDRES - As bolsas europeias encerraram a semana em alta, com dados mostrando aumento nos gastos com consumo nos EUA e um leilão na Itália acalmar os nervos dos investidores, após a agência de classificação de risco Standard & Poor's Ratings Services rebaixar o grau de investimento da Espanha em duas notas. O índice Stoxx Europe 600 terminou a sessão com alta de 0,75%, aos 259,12 pontos, a quarta alta consecutiva. Na semana, o índice avançou 0,51%.

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Por Bianca Lima
Atualização:

No começo do dia, a Itália vendeu um total de EUR 5,946 bilhões em bônus, ou BTPs, dentro da faixa pretendida, que ia de EUR 3,75 bilhões a EUR 6,25 bilhões. Os resultados da operação foram mistos. Os yields (retorno ao investidor) oferecidos por três dos quatro papéis leiloados foram mais altos do que em leilões anteriores e a demanda atraída foi baixa. Por outro lado, o Tesouro italiano conseguiu vender os bônus com yields abaixo dos cobrados no mercado secundário, o que foi bem recebido pelos investidores.

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Na Itália, o FTSE MIB avançou 1,85%, para 14.778,90 pontos, e na semana teve alta de 2,62%. Banca Popolare di Milano Scarl subiu 6,9%.

Nos EUA, a expansão da economia se desacelerou no primeiro trimestre deste ano, em comparação com o quarto trimestre do ano passado, à medida que os gastos do governo recuaram e o acúmulo de estoques diminuiu. O Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu à taxa anual ajustada pela inflação de 2,2%, segundo o Departamento do Comércio, abaixo da previsão dos economistas ouvidos pela Dow Jones de alta de 2,6%. O ponto positivo do relatório ficou por conta dos gastos com consumo, que subiram 2,9% - a maior alta desde o quarto trimestre de 2010.

Do lado negativo, a Standard & Poor's Ratings Services rebaixou ontem o grau de investimento da Espanha em duas notas, citando o aumento dos riscos para a dívida do governo do país em meio à contração da economia. O rating de credito soberano de longo prazo da Espanha pela tabela da S&P caiu para BBB +, três notas abaixo do grau de investimento A. A perspectiva negativa reflete os significativos riscos externos para o crescimento da economia da Espanha e desempenho orçamentário.

Apesar disso, em Madri, o índice Ibex 35 subiu 1,69%, a 7.145,80 pontos, junto com as demais bolsas. Na semana, o Ibex 35 avançou 1,49%.

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O índice CAC 40, da Bolsa de Paris, teve alta de 1,14%, para 3.266,27 pontos, puxado pela Sanofi. As ações da companhia subiram 2,5% após os ganhos do primeiro trimestre saltarem 50%, acima das expectativas. Vinci avançou 4,1% também depois de os resultados da empresa superarem as previsões. Société Générale subiu 3,1% e Crédit Agricole registrou alta de 4,5%. Na semana, o CAC 40 avançou 2,44%.

Na Bolsa de Frankfurt, o índice DAX subiu 0,91%, fechando a 6.801,32 pontos, e na semana teve alta de 0,76%. Commerzbank avançou 2,7% e Deutsche Bank registrou ganho de 0,9%.

Em Londres, o índice FTSE avançou 0,49%, a 5.777,11 pontos, e na semana subiu 0,09%. Barclays teve alta de 4,7%, HSBC Holdings subiu 1,2% e Royal Bank of Scotland Group registrou alta de 3,3%. Man Group saltou 14,1% após ter seus papéis mais bem avaliados pelo Société Générale. BHP Billiton subiu 0,8% e Vedanta Resources avançou 1,7%.

Em Portugal, o índice PSI 20, da Bolsa de Lisboa, registrou alta de 1,07%, para 5.169,71 pontos. Na semana, porém, caiu 0,41%. As informações são da Dow Jones.

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