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Bolsas europeias fecham em alta com fala de Merkel e dados dos EUA

Sergio Caldas

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Por Redação
Atualização:

LONDRES - As bolsas europeias fecharam com ganhos generalizados pelo segundo dia consecutivo nesta sexta-feira, sustentadas por comentários da chanceler da Alemanha, Angela Merkel, que ontem reiterou o compromisso de Berlim com a manutenção do euro, e expectativas de que a Espanha esteja se preparando para pedir um pacote de ajuda, o que abriria o caminho para o Banco Central Europeu (BCE) retomar compras de títulos soberanos da zona do euro, como sinalizou no mês passado o presidente da instituição, Mario Draghi.

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O índice Stoxx Europe 600 subiu 0,6% e encerrou o dia aos 272,83 pontos, o nível mais alto desde 8 de julho de 2011. Na semana, o ganho acumulado foi de 1,1%.

A fala de Merkel, principalmente em face das críticas que políticos alemães, tanto da coalizão quanto da oposição, têm feito ao caráter intervencionista do BCE na administração da crise europeia, alimentou esperanças de que é só uma questão de tempo até que o BC europeu volte a comprar bônus dos países mais prejudicados da área do euro, como Espanha e Itália.

Indicadores divulgados hoje nos EUA também colaboraram para manter as ações europeias em território positivo. O índice de sentimento do consumidor norte-americano, medido pela Reuters/Universidade de Michigan, subiu para 73,6 em meados de agosto, de 72,3 em julho, superando a previsão dos analistas, que era de leitura de 72,0. Já o índice de indicadores antecedentes dos EUA subiu 0,2% em julho, mais do que o ganho estimado de 0,4%, embora ainda sugira pouca melhora na economia, segundo o Conference Board.

Em Londres, o índice FTSE 100 avançou 0,31%, a 5.852,42 pontos, garantindo um pequeno ganho de 0,09% ao longo da semana. Houve um movimento maior entre as ações de empresas de porte médio depois de a fabricante de equipamentos de defesa Chemring disparar 32,3% com o anúncio de que o grupo de investimento norte-americano Carlyle está interessado em fazer uma oferta pela empresa. Entre as blue-chips, Lloyds Banking Group e Barclays subiram 3,7% e 3,6%, respectivamente.

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O índice CAC-40, de Paris, fechou em alta de 0,23%, aos 3.488,38 pontos. Na semana, o avanço da bolsa francesa foi de 1,54%. O maior destaque desta sexta foi a montadora Peugeot, cujas ações saltaram 5,3% depois das fortes perdas das últimas semanas. Por outro lado, o grupo farmacêutico Sanofi recuou 2,2%.

Em Madri, o índice Ibex-35 registrou o maior ganho do dia, de 1,94%, encerrando o dia aos 7.561,00 pontos. A alta na semana, de 7,28%, também foi a mais expressiva entre as principais bolsas europeias. Ferrovial, que revelou planos de vender uma participação em um operador de aeroportos que controla com parceiros, viu sua ação avançar 5,9%. No setor financeiro, subiram Bankia (+4,93%), CaixaBank (+4,17%) e Bankinter (+2,09%).

O índice FTSE Mib, de Milão, teve o segundo melhor desempenho, com alta de 1,30%, para 15.124,69 pontos. Na semana, o ganho da bolsa italiana também foi considerável, de 4,02%. Banca Monte dei Paschi di Siena (+17,6%) e Finmeccanica (+11,2%) foram os dois grandes destaques da sessão.

Em Frankfurt, o índice Dax encerrou aos 7.040,88 pontos, 0,64% acima do nível de ontem. Ao longo da semana, a bolsa alemã garantiu um ganho de 1,39%. Na lista de altas, entraram Deutsche Bank (+3,5%), Commerzbank (3,3%) e Daimler (+2,6%).

O índice PSI-20, de Lisboa, avançou 1,21%, fechando a sessão aos 4.908,72 pontos.

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Entre bolsas menores, a de Atenas subiu 1,2%, com o índice ASE a 639,27 pontos, em meio à expectativa de que a Grécia salde uma dívida de 3,8 bilhões de euros com o BCE na segunda-feira. As informações são da Dow Jones.

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