No mercado de câmbio, o dólar teve alta de 1,51%, cotado a R$ 1,88. Em setembro, a moeda acumula alta de 17,94%, a maior variação mensal desde setembro de 2002. Em 2011, a valorização é de 12,98%.
"É um cenário de pura aversão ao risco e incerteza total. Os investidores estão muito preocupados com a Grécia e com a possibilidade de um calote. Um default grego acentuaria a possibilidade de uma recessão mundial", diz Pedro Galdi, analista-chefe da corretora SLW.
Em Nova York, os principais índices acionários fecharam o dia com quedas superiores a 2%. Dow Jones caiu 2,17%, S&P 500 recuou 2,50% e Nasdaq, termômetro da tecnologia, cedeu 2,63%. Em setembro, os três índices acumularam queda, liderados pelo S&P 500, que recuou 7,17%, seguido pelo Nasdaq (-6,36%) e pelo Dow Jones (-6,03%).
Apesar do forte recuo do Ibovespa em setembro, Galdi diz que não há garantias de uma recuperação em outubro. "Se a Europa conseguir fechar um acordo para a Grécia, pode ser que os mercados se recuperem, mas outubro é um mês marcado por crashs, então há esse lado meio simbólico."
Mais cedo, o principal índice das ações europeias fechou em queda, terminando o trimestre com a pior performance desde final de 2008, devido ao aumento das preocupações de que o crescimento global esteja paralisando. Dados manufatureiros fracos vindos da China foram a mais recente evidência a sugerir uma desaceleração.
As principais praças financeiras da região também encerraram no terreno negativo nesta sexta. Londres fechou em baixa de 1,32%, Frankfurt caiu 2,44% e Paris perdeu 1,51%. Já Milão teve desvalorização de 1,39% e Madri retrocedeu 0,53%. Lisboa, por sua vez, encerrou em queda de 1,25%.
O presidente da França, Nicolas Sarkozy, pediu hoje à Grécia que implemente com rapidez as reformas necessárias para colocar as finanças públicas em ordem e disse que pretende visitar a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, na próxima semana para discutir novas formas de abordar a crise das dívidas soberanas da zona do euro.
(Com Agência Estado e Reuters)