Na abertura, a Bolsa de Valores de São Paulo seguia o mercado europeu e caía 0,08%, a 53.238 pontos. A abertura do Ibovespa Futuro às 9 horas também foi negativa: -1,90%. O ministro grego admitiu em entrevista a um jornal local a possibilidade de calote e sugeriu um desconto de 50% na dívida. Logo em seguida, ele disse que a notícia era contraproducente. Mas a declaração já estava feia. "A fala acabou determinando a reviravolta do mercado", diz o diretor da corretora Ativa, Álvaro Bandeira.
Segundo ele, a crise se alastra sem nenhuma ação dos governantes dos países centrais. Hoje, o ministro de Finanças da Alemanha também fez declarações de que é contra a criação de um bônus comum da zona do euro (eurobônus), mesmo se ele fosse emitido por países com classificação de risco triplo A (a mais alta).
"Investidores esperam que no fim de semana haja uma definição sobre a Grécia e que seja anunciada alguma ação coordenada que mude a cara do mercado", afirma Bandeira.
No caso da Bovespa, pesa ainda a queda das matérias-primas. A maioria das empresas com ações na Bolsa estão ligadas ao setor. O diretor explica que a alta do dólar acaba deixando as ações brasileiras mais baratas par ao estrangeiro, mas o movimento de saída ainda é mais forte do que o de compras.
No horário, Londres recuava 1,10%, Paris, 1,76%, Frankfurt, 1,86% e Madri, 0,77%.
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