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Com baixo volume de negócios e 'piso informal' do BC, dólar sobe 0,15%, a R$ 2,018

Cristina Canas, da Agência Estado

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Por Redação
Atualização:

Os investidores do mercado doméstico de câmbio continuam respeitando o piso informal do dólar e, diante do fechamento de R$ 2,015 do mercado à vista de balcão, na sexta-feira, abriram os negócios desta segunda-feira em alta, contrariando o rumo registrado, naquele momento, no exterior. No decorrer da manhã, a trajetória ganhou força após os desmentidos oficiais a uma reportagem da revista alemã Der Spiegel, segundo a qual o Banco Central Europeu (BCE) estaria estudando a possibilidade de estabelecer limites para as taxas de juros dos bônus dos países da região e atuaria para defendê-los.

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As negativas partiram não só da instituição, mas também do governo alemão e o impacto no euro foi imediato. A moeda única perdeu fôlego em benefício do dólar e arrastou as divisas de maior risco também para baixo. Internamente, o dólar bateu a máxima do dia após essas notícias, de R$ 2,024. Ao final do dia, a alta do dólar à vista de balcão diminuiu para R$ 2,018 (+0,15%). O dólar para setembro estava cotado a R$ 2,0225 (+0,02%), às 17h15. O dólar à vista negociado na BM&F fechou a R$ 2,0185 (+0,17%), na mínima do dia. Neste sistema de negociação foram realizados apenas 11 negócios.

Ainda assim, os analistas consideram as oscilações das cotações do dólar pequenas e avaliam que é a falta de interesse dos investidores especulativos pelos negócios que afeta não só a volatilidade, mas também os volumes negociados no mercado doméstico de câmbio. Essa apatia deve-se à percepção forte de que o governo e o Banco Central continuarão administrando o câmbio e defendendo uma banda entre R$ 2,00 e R$ 2,10 no mercado à vista, que é confortável tanto para a inflação, quanto para a produção industrial.

Além disso, o mercado de câmbio está sendo temporariamente esvaziado pelas férias no hemisfério norte e pelas greves do setor público brasileiro, que dificultam as atividades do segmento exportador. O momento atual é de embarque de milho e desembarque de trigo e dificuldades nos trâmites burocráticos estão atrasando as atividades, com reflexos no fechamento dos contratos de câmbio.

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