SÃO PAULO - O dólar comercial abriu em alta ante o real no mercado à vista, refletindo a valorização vista ante outras moedas ligadas a commodities e também por causa da pressão pela formação da Ptax do final do mês.
Às 11h29, o dólar à vista no balcão subia 0,09%, a R$ 2,2480 - na mínima do dia até agora. Na máxima, chegou a R$ 2,2630.
A semana termina num clima muito menos calmo do que começou para o mercado de câmbio. Em apenas dois dias a moeda americana acumulou alta de 2,23%. A pressão de alta ante o real vem de incertezas no exterior, principalmente em relação ao orçamento e teto da dívida dos Estados Unidos, e no cenário doméstico, da formação da Ptax do final do mês e pela avaliação de que o Banco Central aceita um dólar acima de R$ 2,20.
Nos últimos dois dias, houve também fluxo de saída e o fato de o BC não ter vendido todo o lote no leilão de swap na quarta-feira também pesou contra o real.
Hoje, a autoridade monetária realiza dois leilões de linha, um deles de rolagem e fora da programação do BC. Ontem, o dólar à vista fechou em alta de 0,85%, a R$ 2,2460.
"O mercado deve continuar mais tomador hoje e o efeito da formação de Ptax potencializa isso. Mas a alta pode ser mais suave porque o dólar subiu bastante nos últimos dois dias", observou um operador de tesouraria de um banco.
No radar do dia estão indicadores americanos, possíveis declarações do presidente do BC, Alexandre Tombini, que continua em Nova York e se reúne hoje com investidores, além de qualquer decisão que possa ser tomada no Congresso para evitar um default do governo nos próximos dias por falta de recursos para pagar suas dívidas caso o teto não seja elevado.