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Dólar fecha estável, a R$ 2,083, com intervenções do BC

Texto de Cristina Canas, da Agência Estado

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Por Bianca Lima
Atualização:

São Paulo - O Banco Central esperou o mercado à vista de câmbio encerrar as operações para dar aos investidores a notícia mais importante do dia. Os exportadores poderão voltar a fazer operações de pré-pagamento com instituições financeiras ou empresas que não sejam as importadoras de seus produtos. Em março último, dando sequência à lista de medidas que visavam evitar a valorização excessiva do real, esse tipo de financiamento às exportações tinha sido limitado aos importadores e por prazos de, no máximo, 360 dias. Na ocasião, a medida foi considerada agressiva por parte dos operadores que atuam nesse segmento.

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Vale registrar que a restrição de prazo continua valendo. Ainda assim, a expectativa dos operadores é de que mais esse passo atrás da equipe econômica nas medidas de restrição cambial aliviará a pressão de alta registrada sobre as cotações do dólar, nos últimos pregões. O primeiro retrocesso foi o encurtamento, de 1800 dias para 760 dias, nos prazos de empréstimos estrangeiros diretos tributados com IOF de 6%.

Em seis sessões, entre os dias 19 e ontem, o dólar à vista de balcão saiu de R$ 2,030 para R$ 2,083, com uma valorização de 2,61% no período.

Hoje, porém, a moeda norte-americana encerrou os negócios estável, repetindo a marca de R$ 2,083, embalada pelo anúncio de que o Banco Central fará, amanhã, mais uma oferta de 60 mil swaps cambiais, correspondente a uma venda de dólares de US$ 3 bilhões. Será a terceira operação em três pregões consecutivos e, se os investidores absorverem a totalidade dos contratos, como ocorreu ontem e hoje, a autoridade monetária terá despejado no mercado o equivalente a cerca de US$ 9 bilhões.

Em meio às duas informações, e às movimentações que envolvem a rolagem de posições no mercado futuro, o dólar julho registrava queda de 0,05%, a R$ 2,0775, às 17h24. O dólar agosto, que está ganhando liquidez com a proximidade do vencimento de julho, mantinha sinal de alta, a R$ 2,0,90 (+0,10%).

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Lá fora, onde o clima continua sendo de apreensão em relação ao resultado da reunião da União Europeia, que começou hoje e se estende até amanhã, o euro estava em US$ 1,2444 há pouco, ante US$ 1,2467 no final da tarde de ontem, em Nova York.

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