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Dólar perde força após anúncio de intervenção do BC

O dólar comercial diminuiu o ritmo de alta após o Banco Central (BC) anunciar a retomada da oferta de contratos de swap cambial tradicional, que não era realizada pela autoridade monetária desde 26 de junho de 2009. Na máxima, a moeda americana chegou a subir 5,8%, a R$ 1,952, mas arrefeceu o valorização e subia 3,36% às 10h13 (de Brasília), a R$ 1,907. Ontem, a moeda americana encerrou a R$ 1,84, na maior alta diária desde a crise de 2008. A Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em queda nesta quinta-feira, 22, com recuo de 2,99%.

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Por Bianca Lima
Atualização:

O swap cambial é uma troca oferecida pelo Banco Central aos investidores por meio da venda de contratos em leilões no mercado. No swap cambial tradicional, o Banco Central oferece ao investidor receber remuneração em juro, em troca da remuneração em dólar.

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Esses contratos foram muito vendidos nas épocas de forte valorização do real. Como nos contratos de swap cada uma das pontas se compromete a pagar a oscilação de uma taxa, se a variação do juro for maior que a do câmbio no período de vigência do contrato, o investidor receberá mais do que precisará pagar.

Na Europa, o mercado de ações reage com pessimismo às últimas decisões do banco central americano (Federal Reserve) para reativar a economia do país. A Bolsa de Londres desaba 4,94%, Frankfurt recua 4,64%% e Paris cede 5,41%.

Ontem, o Fed deu mais um passo não convencional para tentar estimular a economia norte-americana que flerta com a recessão, afirmando que vai aumentar a fatia de Treasuries (títulos) de longo prazo de sua carteira em US$ 400 bilhões até junho de 2012, num esforço para tornar o crédito mais barato e impulsionar os gastos e os investimentos. Para manter as taxas de hipotecas baixas, o Fed também disse que vai reinvestir os recursos dos ativos lastreados em hipotecas e das dívidas das agências que vencerem em ativos hipotecários.

O resultado prático das medidas tem efeito duvidoso. Muitos analistas dos Estados Unidos a reivindicaram não propriamente por contarem com efeitos milagrosos, mas por entenderem que alguma coisa o Fed tinha de fazer para passar a impressão de que enfrenta corajosamente a paradeira exasperante da economia americana e o drama de 14 milhões de desempregados (9,1% da força de trabalho).

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As Bolsas da Ásia também recuaram forte, com baixas superiores a 2%. A Bolsa de Tóquio caiu fortemente nesta quinta-feira, com o índice Nikkei encerrando o pregão com perda de 2,1%, para 8.560,26 pontos. Na China, o índice Xangai Composto perdeu 2,8% e encerrou aos 2.443,06 pontos.

(Com informações da Agência Estado)

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