A despeito das negativas oficiais, a tomada de risco é beneficiada também por informações de que o FMI poderá emprestar 600 bilhões de euros à Itália, a juros inferiores aos que o mercado está cobrando, até que o novo primeiro ministro do país, Mário Monti, organize a economia. Por fim, os investidores estão otimistas em relação ao resultado da vendas promocionais dos Estados Unidos, iniciadas na última sexta-feira, a chamada Black Friday.
A perda mais acentuada do dólar ante o real também pode estar influenciada pelo movimento de rolagem de posições no mercado futuro, que já teve início, dada a proximidade do vencimento dos contratos de derivativos cambiais de dezembro, no próximo dia 1º, próxima quinta-feira. Fortemente atuantes na arbitragem entre dólar e real, com operações de curto prazo, os investidores estrangeiros intensificaram as posições vendidas em moeda norte-americana nos dois últimos pregões. Na sexta-feira passada, esses players encerraram os negócios expostos a US$ 2,576 bilhões e, com o noticiário favorável à intensificação desse movimento, a pressão de queda do dólar ante o real pode ser forte.
(Cristina Canas, da Agência Estado)