Nessa quarta-feira, o resultado do fluxo cambial na terceira semana de setembro já evidencia que há uma oferta menor de dólares no mercado, pressionando para cima as cotações da moeda americana. Para se ter uma ideia, o fluxo despencou nesse período para US$ 395 milhões, bem inferior ao registrado nas primeiras duas semanas do mês, quando o fluxo cambial ficou positivo em US$ 8,120 bilhões.
Apesar de a tendência no longo prazo seja de queda do dólar, há quem acredite que a moeda pode chegar a R$ 2,00 em poucos dias. Essa é a opinião de Paulo Faria-Tavares, diretor da consultoria PTX Lending. Segundo ele, com um "default (calote) desordenado, seria absolutamente impossível de controlar (a alta do dólar) no curto prazo". Ele explica que a crise europeia vai se espalhar para o mundo inteiro, reduzindo o apetite ao risco e cortando o fluxo de investimentos para o Brasil.
No mercado de ações, a Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa) opera em alta de 1,62%, às 13h21.
Os investidores aguardam a decisão do banco central americano (Federal Reserve), que poderá anunciar hoje um novo esforço para revigorar a recuperação norte-americana, dando início ao que pode ser o primeiro em uma série de passos para fortalecer o crescimento. A decisão será anunciada às 15h15 (horário de Brasília), ao fim de uma reunião de dois dias.
Enfrentando uma taxa de desemprego de 9,1%, quedas nas confianças do consumidor e dos empresários e a crise de dívida na Europa, as autoridades do Fed vêm sinalizando que podem tentar evitar um enfraquecimento maior do crescimento norte-americano.
Leia tudo sobre os mercados financeiros e a crise econômica nos Estados Unidos e Europa.