A bolsa paulista também acompanhou o movimento dos índices norte-americanos. Dow Jones fechou com ganho de 2,53%, o S&P subiu 2,33% e o Nasdaq terminou com valorização de 1,35%, apesar de mais uma rodada de indicadores ruins dos Estados Unidos nesta quinta, como o de vendas de imóveis novos, que recuou 2,3% em agosto.
"As leituras sobre a economia estão muito conflitantes no mercado", diz o economista-chefe da Gradual Investimentos, André Perfeito. Para Perfeito, não há nenhum evento que justifique uma virada para o "bom humor" e, neste cenário, ele sugere cautela redobrada.
Apesar da falta de notícias concretas,o rumor de um corte na taxa de juros na zona do euro (de 1,5% para 1%) pode explicar parte do otimismo dos investidores nesta jornada, afirma Perfeito. Por lá, Frankfurt subiu 2,87%, Paris avançou 1,75% e Londres fechou em alta de 0,45%.
A proposta dos EUA de alavancagem do Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (EFSF), que poderia elevar os recursos para 2 trilhões de euros, foi bem recebida pelo mercado. No início da tarde, no entanto, o ministro de Finanças da Alemanha, Wolfgang Schaeuble, afirmou que não existem planos para impulsionar o tamanho da EFSF. Uma fonte da coalizão do governo informou que a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, pretende aprovar, na próxima quinta-feira, a legislação que expande e modifica a Linha de Estabilidade Financeira Europeia, apesar de divergências internas.
(Hugo Passarelli, do Economia & Negócios, e Alessandra Taraborelli, da Agência Estado)