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Europa fecha em baixa com dados fracos e temor sobre dívidas; Bovespa oscila

Gustavo Nicoletta, da Agência Estado

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Por Bianca Lima
Atualização:

Texto atualizado às 16h50

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Os principais índices do mercado de ações da Europa fecharam em baixa, pressionados por dados que mostraram redução na confiança do consumidor da zona do euro e um crescimento menor que o previsto na economia dos EUA durante o terceiro trimestre. Também pesou sobre as bolsas o fato de o custo do seguro da dívida de alguns países europeus, entre eles França, Bélgica e Espanha, ter atingido novos recordes hoje.

No mercado doméstico, a Bovespa tem volatilidade. A bolsa paulista abriu com valorização, depois à tarde passou a operar com perdas e agora oscila. Às 16h50 (de Brasília), o Ibovespa tinha leve queda de 0,20%, aos 56.173 pontos.

No câmbio, o dólar fechou o dia estável, cotado a R$ 1,8060. Em Nova York, os principais índices de ações também estão sem direção definida. No mesmo horário, Dow Jones recuava 0,15%, Nasdaq avançava 0,25% e S&P 500 tinha estabilidade.

Na Europa, os investidores também ficaram atentos aos juros relativamente elevados que a Espanha teve de oferecer ao mercado para vender EUR 3 bilhões em títulos com vencimento em três e seis meses. Os dois papéis tiveram de carregar juro levemente superior a 5%. No leilão anterior, os bônus de três meses ofereceram juros de 2,292%, enquanto os de seis meses tinham taxa de 3,302%,

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O índice pan-europeu Stoxx 600 caiu 1,49 ponto, ou 0,66%, para 223,27 pontos. Na Bolsa de Londres, o FTSE-100 recuou 15,78 pontos, ou 0,30%, para 5.206,82 pontos. Em Paris, o CAC 40 perdeu 24,26 pontos, ou 0,84%, para 2.870,68 pontos. Na Bolsa de Frankfurt, o Xetra DAX fechou em baixa de 68,61 pontos, ou 1,22%, a 5.537,39 pontos.

Em Milão, o índice FTSE MIB caiu 223,88 pontos, ou 1,54%, para 14.286,06 pontos. O IBEX 35, da Bolsa de Madri, recuou 116,10 pontos, ou 1,45%, para 7.904,90 pontos. Em Lisboa, o PSI 20 teve queda de 65,38 pontos, ou 1,23%, para 5.263,57 pontos. O ASE, da Bolsa de Atenas, recuou 1,96 ponto, ou 0,29%, para 684,04 pontos.

Pela manhã, a Comissão Europeia divulgou que seu índice sobre a confiança dos consumidores da zona do euro caiu para -20,4 em novembro, de -19,9 em outubro. O declínio foi levemente menos acentuado do que o previsto por analistas, que esperavam uma leitura de -21,0. Nos EUA, o Departamento de Comércio anunciou que o Produto Interno Bruto (PIB) do país cresceu à taxa anualizada de 2,0% no terceiro trimestre na comparação com o trimestre anterior. A leitura foi inferior à preliminar, de expansão de 2,5%, e também ficou abaixo da estimativa dos analistas ouvidos pela Dow Jones, de 2,3%.

Entre os destaques da sessão, as ações da Thomas Cook caíram 75,19%. A companhia de viagens, que possui cerca de 900 milhões de euros em dívidas, anunciou hoje que está tentando renegociar alguns acordos de empréstimo de curto prazo com bancos. A empresa também divulgou que adiou a publicação dos resultados do atual ano fiscal.

No setor financeiro, as ações também fecharam em baixa após a agência de notícias Reuters divulgar, citando fontes, que o banco Commerzbank talvez precise levantar mais capital do que o originalmente previsto para conseguir levantar sua taxa de capital Tier 1 para 9% e, dessa forma, cumprir as exigências da Autoridade Bancária Europeia. Os papéis do Commerzbank caíram 15,13%, enquanto os do Deutsche Bank perderam 1,77%. Em Paris, também recuaram BNP Paribas (-4,92%), Société Générale (-3,40%) e Crédit Agricole (-2,66%). As informações são da Dow Jones.

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