Do fluxo negativo de US$ 3 bilhões nos fundos de bônus emergentes, a maior saída foi observada nos bônus denominados em moeda local, com US$ 1,68 bilhão. Os bônus em moedas fortes registraram saída de US$ 1 bilhão, sendo que o restante do fluxo negativo ficou por conta dos bônus emergentes em veículo misto (moeda forte e local).
"Especificamente nos fundos de bônus em moeda local, a saída recorde diz muito sobre o prejuízo que o impacto do câmbio está causando na maioria das posições desprotegidas", diz o Citigroup em uma nota enviada para clientes.
As moedas de países da América Latina, Europa Oriental e África têm estado sob intensa pressão de venda desde o começo de setembro, mas essa tendência se acentuou fortemente na quarta-feira da semana passada, quando o Federal Reserve dos EUA lançou a Operação Twist, por meio da qual vai comprar US$ 400 bilhões em Treasuries de longo prazo, mas sem expandir seu balanço. Isso causou um forte movimento dos investidores para se livrar de posições em ativos de mercados emergentes e voltar para o dólar. As informações são da Dow Jones. (Álvaro Campos, da Agência Estado)