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Mercados oscilam após indicadores, mas preocupações persistem

Danielle Chaves, da Agência Estado

Por Yolanda Fordelone
Atualização:

As bolsas dos principais países europeus oscilam entre pequenas altas e baixas, enquanto o euro ronda o patamar de US$ 1,2100, após indicadores falharem em dar impulso aos mercados. A atividade do setor privado da China melhorou em julho e a da zona do euro ficou estável em relação a junho, mas as preocupações com o futuro do bloco monetário seguem no foco dos investidores.

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A Bolsa de Madri lidera as perdas, mesmo depois de o Tesouro Espanhol leiloar 3,048 bilhões de euros em títulos de curto prazo, um valor levemente acima do teto de 3,0 bilhões de euros pretendido. O yield (retorno ao investidor) oferecido pelos papéis foi mais alto do que no leilão anterior. Por volta das 7h (de Brasília), o yield dos bônus espanhóis de dez anos subia 11 pontos-base, para 7,54%, pouco inalterado em relação ao nível em que operava antes do leilão, mas abaixo do recorde de 7,59% atingido ontem.

A Alemanha também recebe a atenção dos mercados. Ontem no fim da tarde a agência de classificação de risco Moody's revisou a perspectiva do rating AAA de Alemanha, Holanda e Luxemburgo - três dos membros mais fortes da zona do euro - de estável para negativa. E hoje a provedora de dados Markit informou que o índice dos gerentes de compra (PMI, na sigla em inglês) composto da Alemanha caiu para 47,3 na leitura preliminar de julho, o PMI de serviços recuou para 49,7 e o PMI de manufatura atingiu a mínima em 37 meses de 43,3.

Na zona do euro o PMI composto ficou estável em 46,4 e na China o PMI HSBC do setor industrial subiu para 49,5. Apesar da série de indicadores, o volume de negócios nos mercados europeus está baixo, especialmente devido aos fortes movimentos de ontem. Vale lembrar que é período de férias de verão no hemisfério norte, quando os volumes normalmente diminuem. Mas ainda há espaço para reações fortes, já que hoje a equipe da troica chegou à Grécia para analisar os progressos feitos nas reformas promovidas pelo governo local.

Às 7h (de Brasília), Madri caía 1,88%, Milão recuava 1,00% e Londres subia 0,14%. No mercado de câmbio, o euro declinava para US$ 1,2098, de US$ 1,2117 no fim da tarde de ontem, e o dólar tinha queda para 78,18 ienes, de 78,40 ienes.

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O petróleo foi beneficiado pelo indicador positivo da China e, no mesmo horário, o WTI para setembro subia 0,36% na Nymex, a US$ 88,46 por barril, e o brent para setembro avançava 0,41% na ICE, para US$ 103,68 por barril. O cobre para setembro, porém, caía 0,37% na Comex, para US$ 3,3675 por libra-peso. As informações são da Dow Jones.

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