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Petróleo fecha em alta de 9,36%, maior ganho desde março de 2009

Renan Carreira, da Agência Estado

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Por Redação
Atualização:

NOVA YORK - Estimulados pelos resultados da cúpula da União Europeia (UE) e por temores renovados sobre o Irã, os contratos futuros de petróleo negociados na bolsa mercantil de Nova York (Nymex) fecharam em alta de mais de 9% nesta sexta-feira, superando outras commodities e ignorando dados sobre o fraco sentimento do consumidor nos EUA.

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O contrato do petróleo WTI para agosto subiu US$ 7,27 (9,36%), fechando a US$ 84,96 por barril. É a maior alta porcentual em um dia desde março de 2009. Na semana, o produto registrou ganho de 6,52%. Na plataforma eletrônica ICE, o petróleo do tipo Brent avançou US$ 6,44 (7,05%), fechando a US$ 97,80 o barril, e na semana teve alta de 7,50%.

Os líderes da União Europeia (UE) chegaram a um acordo para permitir que os fundos de resgate europeus injetem recursos diretamente nos bancos, assim que um órgão supervisor bancário for estabelecido. A notícia animou os mercados pelo mundo, que estavam temerosos com uma possível piora da crise na zona do euro.

As commodities, como o petróleo, se beneficiam das perspectivas para o crescimento da demanda por energia. Além disso, o dólar perdeu força ante o euro. Como é denominado na moeda americana, o petróleo se torna mais barato para compradores que usam outras divisas.

Diante desse clima positivo, os investidores ignoraram o índice de sentimento do consumidor dos EUA, medido pela Reuters/Universidade de Michigan, que caiu para 73,2 na leitura final de junho, de 79,3 em maio. Analistas ouvidos pela Dow Jones esperavam uma leitura de 74,3.

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Analistas também atribuíram a alta do petróleo a temores renovados sobre o Irã. Em uma nota emitida hoje, o Citi Futures Perspective chamou a atenção para uma reportagem da agência de notícias Mehr, do Irã, que citou uma autoridade iraniana novamente fazendo comentários agressivos sobre o Estreito de Ormuz. Anteriormente, o Irã ameaçou bloquear o estreito, um canal fundamental para as exportações de petróleo. Em 1º de julho entra em vigor o embargo da UE contra as importações de petróleo iraniano. As informações são da Dow Jones.

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