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Sinais de medidas na Europa levam Dow Jones a fechar acima dos 13 mil pontos

Andréia Lago, da Agência Estado

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Por Redação
Atualização:

NOVA YORK - A comemoração dos investidores diante dos sinais de que os líderes europeus vão adotar medidas para enfrentar os problemas de dívida nos países da região empurrou o índice Dow Jones para cima de 13 mil pontos no fechamento de hoje.

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O Dow Jones terminou o dia com ganho de 187,73 pontos, ou 1,46%, a 13.075,66 pontos, fechando acima de 13 mil pontos pela primeira vez desde 7 de maio deste ano. O Standard & Poor's 500 avançou 25,95 pontos, ou 1,91%, para 1.385,97, enquanto o Nasdaq subiu 64,84 pontos, ou 2,24%, para 2.958,09 pontos.

O avanço das ações nos pregões de Nova York acelerou o ritmo após a divulgação de informações de que o presidente do Banco Central Europeu (BCE), Mario Draghi, vai se reunir com o presidente do Bundesbank nos próximos dias e que também vai discutir uma potencial compra de bônus, além de cortes adicionais de juros e financiamentos de longo prazo para os bancos.

"É um passo que mostra que o barco poderá continuar flutuando", disse Warren Koontz, chefe de investimentos do Loomis Sayles Large Cap Value Fund, que administra US$ 1,3 bilhão em ativos.

As informações sobre os planos de Draghi foram precedidas por declarações de apoio à zona do euro feitas pela chanceler alemã Angela Merkel e pelo presidente francês François Hollande, que expressaram unidade e ajudaram a estender os ganhos dos mercados iniciados ontem, quando Draghi prometeu fazer "tudo que puder" para preservar o euro.

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As empresas que divulgaram balanços nesta sexta-feira informaram resultados que variam de positivos a desanimadores. Na ponta mais positiva, as ações da Expedia subiram após o site de serviços online de viagens ter superado as expectativas e elevado os dividendos no segundo trimestre.

Já as ações do Facebook caíram após a rede social divulgar que o crescimento da receita desacelerou expressivamente, ainda que tenha superado as expectativas dos analistas. A empresa dirigida por Mark Zuckerberg também fracassou em fornecer uma orientação concreta aos investidores sobre sua performance futura.

A divulgação da primeira prévia do PIB dos Estados Unidos no segundo trimestre deste ano veio em linha com a maioria das projeções de mercado. A economia americana cresceu 1,5% no segundo trimestre em bases anualizadas, melhor do que a projeção média de 1,3% entre economistas. Ainda assim, o resultado do PIB mostrou uma desaceleração em relação ao desempenho da economia americana no primeiro trimestre, revisada para cima para uma taxa de 2%.

"Sempre que as estimativas são superadas é positivo, mas ainda assim ficamos com um crescimento de 1,5%", disse Quincy Krosby, estrategista de mercado da Prudential Financial. "Esse é um número que reflete uma economia mais fraca." Entretanto, a maioria dos investidores não acha que a desaceleração irá levar a uma decisão de estímulo adicional pelo Federal Reserve na reunião agendada para a próxima semana. As informações são da Dow Jones.

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