O livro basicamente mostra como os juros são inerentes a muita coisa que vivemos, muito além do dinheiro.
A coisa mais imediata a se pensar é que o juros é o que se paga por querer agora recursos do futuro. Onde você vai abrir mão, mais do que proporcionalmente, de ter muito mais no futuro, pra ter um pouco mais agora. E o contrário também é verdade. O juro também é a remuneração de quem abre mão de ter mais coisas agora, oferece esses recursos para o mais apressadinho, e vai ter esses recursos com recompensa mais do que proporcional no futuro.
Mas o mais legal desse livro vem justamente de tudo o que foge do "dinheiro". O autor, com muito habilidade, mostra como ao fazermos a escolha de começar uma dieta equilibrada, seja em função de atingirmos a forma física desejada ou mesmo uma vida mais longínqua e saudável, abrimos mão do prazer de um fast food delicioso para colhermos os louros desse sacrifício diário adiante. Os juros que colheremos é uma vida melhor, pois abrimos mão dos prazeres momentâneos da comida pouco saudável.
Também podemos encontrar exemplos de juros aplicados à atividade física e até à religião, passando por fatores históricos e inerentes ao funcionamento do corpo humano.
"O valor do amanhã" ajuda a abrir os olhos para as escolhas intertemporais que fazemos, compreendendo muito melhor o conceito de juros, em decisões que tomamos em nossas vidas, muito além das financeiras.
O autor é economista com doutorado por Cambridge e é professor do Insper aqui em São Paulo.
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