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A tradução da economia

Selic em queda: como melhorar a rentabilidade da sua renda fixa

A taxa de juros básica da economia Selic - aquela que serve de referência para a maioria dos investimentos de renda fixa - recuou nada mais, nada menos que 5,5 pontos porcentuais em 2017. E a rentabilidade que já diminuiu bastante pode ficar um menor a partir de hoje quando o Copom anunciar a nova meta de juros. Atualmente, a taxa está em 8,25% ao ano.

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Por Canal Econoweek
Atualização:

Mas como leite derramado não faz carteira, vamos às dicas para tentar melhorar, mesmo que um pouco, a rentabilidade da renda fixa.

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O primeiro ponto é alongar as aplicações. Títulos com vencimentos maiores possuem retornos proporcionalmente melhores. Os títulos prefixados do Tesouro Direto, por exemplo, que vencem em janeiro de 2020 estão com uma taxa de juros de 8,19% ao ano, enquanto os papeis que vencem em 2023, oferecem 9,54%.

Ao alongar os investimentos o investidor ainda tem a vantagem de pagar menos Imposto de Renda já que a alíquota cai conforme o tempo. Para quem saca a aplicação em até 6 meses, o imposto é de 22,5% sobre a rentabilidade; entre 6 meses e 1 ano, recua para 20%; entre 1 e 2 anos, para 17,5%; e finalmente acima de 2 anos, fica em 15%.

Claro que está opção de alongar a carteira tem de casar com os seus objetivos financeiros, pois não adianta ter títulos de vencimento longo se o seu objetivo é usar o dinheiro daqui um ano.

A segunda opção para melhorar a rentabilidade da sua carteira de renda fixa é ir para títulos privados cobertos pelo FGC, principalmente os de bancos médios. É possível aumentar a rentabilidade - nessa semana havia título sendo ofertado por 117,5% do CDI, por exemplo, o que significa que oferecia um retorno um pouco maior que a taxa Selic - sem incorrer em um risco muito maior, já que o Fundo Garantidor de Crédito (FGC) garante que se o banco quebrar o investidor receba o que aplicou e a rentabilidade, numa quantia de até R$ 250 mil.

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Para quem ainda está achando a rentabilidade baixa, parte da carteira pode ser alocada em títulos privados sem cobertura do FGC, como as debêntures. As debêntures são os papeis vendidos por empresas como Cemig, BNDESPar, Vale, etc. Aqui há duas vantagens: a rentabilidade costuma ser maior do que no Tesouro Direto (há debêntures pagando 9% mais IPCA) e, em alguns casos como nas debêntures de infraestrutura, não há Imposto de Renda. Em contrapartida, o risco é maior, porque, de novo, não há garantia do FGC.

Tanto nos bancos médios quanto nas empresas é preciso ficar atento porque em geral os títulos não tem liquidez, o que significa que o investidor tem de aguardar até o vencimento para ter o dinheiro de volta. Já no Tesouro Direto, o saque pode ser feito em qualquer dia.

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