Não me canso de admirar as profundas mudanças a que nos conduz a internet. Vivi ontem (19 de janeiro), uma experiência que, há 20 anos, seria pura ficção. Durante 9 horas, sem sair de casa, eu participei e cobri virtualmente um seminário altamente especializado, aberto a profissionais de vídeo e jornalistas que se realizou em Nova York, via internet.
Era como se eu estive lá, na sede da NewBay Media, uma editora virtual especializada em televisão e multimídia, assistindo a todas as palestras e painéis, fazendo perguntas, baixando vídeos,circulando do auditório principal ao showroom, localizando outros jornalistas para troca de ideias.
E melhor do que tudo: não tive que gastar mais do que alguns reais pelo uso do computador e da internet. Economizei pelo menos três dias com esse tipo de telecobertura jornalística, sem a chateação insuportável dos aeroportos e sem sofrer o frio nova-iorquino perto de zero grau Celsius.
O seminário denominado DigitalVision 2011 foi um amplo debate de ideias e de tecnologias que estão alavancando a revolução dos novos conteúdos digitais, segundo definiam os organizadores do evento. A temática cobriu tudo que mais queria aprofundar após o Consumer Electronics Show de Las Vegas: TV 3D, televisão móvel, tendências de pós-produção, tecnologias de displays e de digital signage, câmeras fotográficas 3D Single-Lens Reflex (SLR), IPTV e outros temas associados.
Como me havia inscrito com boa antecedência, recebi todas as instruções sobre identificação pessoal, senhas, horários, documentos oferecidos para leitura prévia e para download. Soube depois que mais de mil pessoas de 42 países participaram do mesmo evento, via internet.
Meu único problema: adaptar-me às três horas de diferença do fuso horário de Nova York. Já me preparo para novos eventos sobre os temas mais quentes e interessantes - não importa onde. Como disse Tim Berners-Lee, a internet determinou a morte das distâncias.