Ainda segundo a entidade, que acaba de divulgar um estudo conduzido com 339 empresas da indústria de transformação do Estado, 40% dos empresários afirmaram que aumentarão seus preços para compensar a elevação dos custos causados pela medida.
Anunciado como parte dos esforços de contingenciamento do governo federal, a desoneração menor da folha de pagamento vem sendo duramente criticada pela Fiesp desde o início. Divulgada em março como uma Medida Provisória (MP), o pacote de alterações foi posteriormente revertido para o Projeto de Lei 863/2015. Atualmente, o projeto está paralisado na Câmara, aguardando parecer de três comissões parlamentares.
Mas segundo o levantamento da Fiesp, se passar pela Câmara, 52% das pequenas empresas, 57% das médias e 54% das grandes disseram que terão de demitir para ajustar as finanças. E a maioria das empresas que já analisaram as novas regras deve mudar a forma de calcular e recolher a contribuição previdenciária, passando a usar como base a folha de pagamentos (20% dos salários), em vez da receita bruta (2,5% do faturamento).
"Qualquer mudança (na atual regra de desoneração da folha de pagamento) significa perda de empregos e isso só agravará o quadro de crise pelo qual estamos passando", afirma José Ricardo Roriz Coelho, diretor do departamento de competitividade e tecnologia da Fiesp (Decomtec).