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Conhecida pela TI, multinacional Stefanini aposta no marketing e adquire grupo de publicidade

Multinacional brasileira com mais de 30 anos de estrada, conhecida especialmente pelo trabalho de tecnologia da informação (TI) dentro das empresas, a Stefanini empreendeu nos últimos anos um trabalho de diversificação de negócios, com a oferta de diversos serviços digitais aos clientes. "O porcentual de receita desse setor, que era de 5% há cinco anos, agora está em 30% a 35%", diz Guilherme Stefanini, diretor de novos negócios da companhia. Agora, com uma aquisição, a empresa entra de vez no ramo de marketing e terá até sua própria agência de publicidade.

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Por Fernando Scheller
Atualização:

Guilherme Stefanini, diretor de novos negócios da Stefanini ( Foto: Vinicius Fernandes Saladino)

A Stefanini fechou nesta semana, depois de alguns meses de negociação em meio à pandemia de covid-19, a aquisição do controle do grupo Haus, que inclui vários negócios na área de marketing digital, sendo o maior deles a agência de publicidade W3Haus. No mercado há 20 anos, a companhia é conhecida especialmente pela atuação no segmento digital, mas hoje faz trabalhos também off-line, diz Thiago Ritter, sócio do grupo, que hoje emprega mais de 200 pessoas. O valor do negócio não foi revelado. A equipe da Haus continuará à frente do negócio, segundo Stefanini.

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Presente hoje em mais de 40 mercados internacionais, com um total de 27 mil funcionários, a Stefanini faturou no ano passado cerca de R$ 3,3 bilhões em todo o mundo - em uma década, a companhia triplicou de tamanho. Entre os serviços que oferta atualmente, além da tecnologia, estão ferramentas de pagamento bancário, de análise de dados, de inteligência artificial e de indústria 4.0. O marketing digital vem para completar essa oferta, explica Guilherme, que é filho do fundador da companhia, Marco Stefanini.

Marketing x consultorias

Com a compra do grupo Haus, a maior já feita pela Stefanini na área, a empresa se junta ao rol de empresas originadas em outras áreas que adquirem negócios para atuar no setor de marketing. É um caminho que vem sendo traçado pelas consultorias, como a McKinsey e a Accenture. Esta última tem sido especialmente ativa no setor. No Brasil, o braço Accenture Interactive incorporou a New Content, que tinha 430 funcionário à época do negócio, em outubro de 2018.

A prova de que empresas de setores externos ao marketing podem fazer grandes apostas em marketing veio no ano passado, quando a Accenture Interactive comprou, por cerca de US$ 200 milhões (aproximadamente R$ 1 bilhão), a agência Droga5, do publicitário David Droga, considerada uma das empresas independentes mais criativas do mercado. A Droga5 é uma das campeãs em prêmios no Cannes Lions - Festival Internacional de Criatividade, que tem o Estadão como representante oficial no Brasil.

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Segundo o diretor de novos negócios da Stefanini, as companhias adquiridas pela multinacional brasileira passam a fazer parte de um ecossistema que opera globalmente - e ganham a chance de uma atuação muito mais ampla. "Temos 23 empresas dentro do grupo atualmente", explica Stefanini. "E pelo menos oito têm casos concretos de times morando fora de suas sedes para atender aos clientes (globalmente)."

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