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BC e mercado, enfim, fazem as pazes

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Por Redação
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O último "Relatório Trimestral de Inflação" do governo Lula e da gestão de Henrique Meirelles à frente do Banco Central, divulgado nesta quarta-feira, deixou o mercado exultante e crente de que Papai Noel, diga o que disserem, existe. Ali está declarado que a trajetória do IPCA em 2011 projeta desvio do centro da meta de inflação suficientemente amplo para "sugerir a necessidade de implementação, no curto prazo, de ajuste na taxa básica de juros".

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Nem precisa ser bom entendedor para concluir que o BC, finalmente, declara que voltará a se alinhar com o mercado. A amarga queda de braço que se estabeleceu, depois de março, entre o mercado e o BC, ao longo de 2010, não resistiu à "ciência" econômica, da qual o mercado é detentor. Melhor presente de Natal impossível.

O que resta de dúvida é o que o BC define como "curto prazo". A puxada nos juros virá já em meados de janeiro, na primeira reunião do ano, do governo Dilma e da presidência de Alexandre Tombini no BC? Ou ficará para o encontro seguinte, no comecinho de março, uma semana antes do carnaval?

Na busca da resposta a esta questão crucial para os destinos da civilização, os economistas de mercado se desdobram em profundas elucubrações mentais. A dúvida, sem dúvida nenhuma, é cruel.

Esperemos, então, resignados, o desfecho do "debate" fundamental.

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