IBC-Br: a economia perde gás

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Por Redação
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O roteiro da lenta descida da economia brasileira a um nível de expansão, em 2013, inferior ao da economia mundial e mais abaixo ainda que o crescimento dos emergentes cumpriu mais um capítulo com a divulgação do Índice de Atividade Econômica (IBC-Br), calculado pelo Banco Central, referente ao mês de maio. O recuo mensal foi forte, mais forte até do que as expectativas dos analistas e, assim, as chances de um impulso maior no segundo trimestre, como se previa, vão ficando mais distantes.

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Conhecido, numa definição tecnicamente imprecisa, como uma "prévia" do PIB, o IBC-Br é um indicador construído com base em indicadores "indiretos" e antecipados do ritmo de expansão econômica. Seu objetivo é auxiliar os diretores do BC a tomar o pulso da economia e balizar as decisões de política monetária, no tempo de decisão do Comitê de Política Monetária (Copom), que não coincide com o calendário divulgado das variações do PIB pelo IBGE.

Já se sabe que, embora possa mostrar avanço sobre maio, o crescimento em junho foi negativamente afetado pela onda de manifestações que varreu o País. Por isso, na métrica do IBC-Br, o ritmo de expansão da economia, no segundo trimestre, de acordo com os analistas, deverá repetir, na melhor das hipóteses, o ritmo de expansão do primeiro trimestre.

Quando se trata de comparar a trajetória do IBC-Br com a do próprio PIB, cuja variação só é divulgada pelo IBGE em base trimestral, os economistas preferem olhar, a cada mês, para a média móvel trimestral. Nessa ótica, a lenta perda de gás da economia fica mais nítida. No trimestre encerrado em maio, o IBC-Br progrediu 1,4% - a maior variação desde o começo de 2011. A evolução é positiva desde dezembro, Mas a curva aponta, mês a mês, redução no ritmo de crescimento.

Ocorreu um primeiro movimento de alta, em grau moderado, entre dezembro e fevereiro, e um segundo, mais intenso, entre março e abril. Já em maio é visível a perda de fôlego e junho deve acompanhar o desenho da curva.

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Essa trajetória fica clara quando se observa que, enquanto no acumulado em 12 meses, até maio, o IBC-Br ainda cresce 2,5%, aumenta a adesão de analistas ao grupo que já projeta um teto de 2% para a expansão da economia em 2013.

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