Tive o alerta da virada da década graças ao Spotify, que disponibilizou uma dúzia de listas de músicas em homenagem à década que passou. Fiquei ali pensando na infinidade de músicas compostas, muitas boas, mas que não estavam ali. Critérios diferentes para a criação de cada lista, mas mesmo assim, apenas algumas poucas selecionadas. Assim contamos nossa história, pelo que escolhemos lembrar e pelo que escolhemos esquecer. Temos o dom de deixar ir. Assim vamos nos renovando nas lembranças, nas crenças, nos atos e afetos.
Refleti sobre minha lista de coisas que importaram na última década. Vi que minhas listas andaram bem estáveis, apesar de ter passado, como todos, acredito, por muitas turbulências e mudanças. Refleti sobre o que escolhi esquecer. Escolha parece inapropriada, no caso, mas é exatamente assim. Meus principais filtros para minhas listas (trabalho, família, viagens, impacto, autodesenvolvimento, saúde) são:
1- Lições aprendidas não pesam
2- De que forma saí transformada dessa situação/ experiência?
3- Que impacto causei nas pessoas, em mim, ou na situação?
Essas são as perguntas que quer levar para a próxima década, mas em lugar de avaliar o que já aconteceu, usar como norte para o que está por emergir. E daí junto uma última pergunta que adoro:
4- Como posso, nos próximos 15 minutos, agir a partir do meu propósito, aquilo que realmente importa para mim e me traz significado?
Então, para a nova década, quero chegar em 2030 e avaliar que vivi a partir do meu propósito, que escolhi o que lembrar e escolhi o que aprender e o que esquecer.
Desejo uma boa década a todos