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Opinião|Decisões de futuro

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Atualização:
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Sim, o futuro é hoje e você já é parte dele. 

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Olhe para trás e veja como o seu dia a dia mudou. O seu relógio sabe mais de você que muitas pessoas da sua família! E por falar nela, seus filhos, sobrinhos e netos já visitaram mais lugares do que você quando se formou na universidade. Não é? 

Pois é, nesse futuro que já chegou, as oportunidades batem à nossa porta a toda hora. 

Aposto que o seu currículo está recheado de títulos que você nunca planejou e/ou pôde imaginar que alcançaria. É bacana isso. E faz bem saber que os seus amigos e colegas têm conquistado tanto quanto você, não é mesmo?

Então, somos uma força de trabalho muito mais "bem educada", viajada e informada que as gerações anteriores. Mas, sabe, isso não tem acontecido com todo mundo.

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Você provavelmente já notou que as pessoas que trabalham em posições que demandam menos habilidades analíticas e criativas estão sofrendo com a diminuição dos seus salários e com a baixa oferta de emprego.

E eu não estou falando do Brasil, viu, estou falando de uma tendência mundial

Vou explicar melhor onde andei discutindo tudo isso.

Recentemente, fui convidada para a Conferência Anual do Iniciative on the Digital Economy do MIT (Massachusetts Institute of Technology) e muito se falou em futuro do trabalho, da relação entre tecnologia e trabalho, das novas gerações que chegaram ao mercado e, principalmente, dos desafios que as altas lideranças andam enfrentando nas empresas.

Ouvi com muita atenção, aprendi tudo e mais um pouco, mas voltei com as mesmas perguntas martelando: por onde anda a inovação do MATERIAL humano? O que temos feito para inovar nas relações com nossas equipes? Que lentes temos usado para tomar decisões? Ou seja, pergunto: qual é a grande inovação que está faltando na "tecnologia" humana?

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Como você já deve desconfiar, não existem respostas "certas" para as perguntas acima, mas há algo nos distanciado da inovação que já conhecemos. 

Ouso dizer que este algo é um verbo, o verbo SER. Isso mesmo, vivemos listando as inovações que TEMOS, mas nos esquecemos que precisamos SER a inovação. 

Vou explicar melhor: ser inovação é fazer parte dela, ao refletir como ela nos afeta e para onde nos leva. Por outro lado, ter a inovação é (apenas) dispor de algo para inovar.

Assim, para sermos mais consequentes, devemos, sempre, investigar como a inovação inclui ou contempla os aspectos humanos.

Se continuarmos a pensar que a inovação nos serve, seremos reféns desta força. Por isso, chegou a hora de pensarmos mais seriamente em sermos a inovação que tanto procuramos.

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Desculpe se é mais uma responsabilidade depositada em você, mas essa é uma questão que precisa ficar clara para que você consiga aplicar tudo o que sabe e vê por aí. Afinal, você é um líder.

Photo by rawpixel.com from Pexels  Foto: Estadão

Em resumo, caro líder, o que precisamos mesmo é desenvolver nossos sentidos, inteligências e competências sistêmicas. Só assim, teremos um avanço em termos de liderança, relações humanas e visão de mundo.

Precisamos, urgentemente, incluir uma variável nas planilhas nas quais tantas decisões se baseiam: a variável H - como isso afeta humanos? Como isso afeta estes stakeholders? Só assim, sendo a inovação, podemos saber para onde estamos indo. 

E por falar em ir, indo um pouco mais além, gostaria de dizer, ainda, que as metodologias sistêmicas estão buscando alavancar a inteligência coletiva que está olhado as lideranças não mais como alguém, mas como como um "papel" que pode ser exercido por quem de fato precisa tomar alguma decisão, de acordo com a necessidade, com a oportunidade, ou ainda, com o timing do processo.

Para concluir, se você quer mesmo mudanças profundas na sua empresa, pense mais em ser do que em ter. 

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Já inovamos na comunicação, no jeito de viajar, de morar, de trabalhar; mas estamos esbarrando na inovação interpessoal

E, vou repetir, só tem um jeito de inovar nessa área: aceitando que você não está sozinho, que você não chega a lugar nenhum sozinho, que o sistema em que você está inserido é o seu grande aliado e que há um propósito que precisa ser perseguido. Parece simples, não é? 

Então, que tal SER a inovação que a sua equipe precisa agora mesmo. Afinal, o futuro já começou há um segundo atrás. Corre!

Gostou? Leia mais sobre minha visita ao MIT:

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Opinião por Claudia Miranda Gonçalves
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