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Na esteira do Copom, pressão se volta agora para Barbosa

Ministro da Fazenda fica na mira para dar respostas ao PT e a aliados para tirar o País da recessão após "cavalo de pau" do BC de ter mantido a Selic

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Por Adriana Fernandes e Ricardo Brito
Atualização:

Nelson Barbosa (Ueslei Marcelino/Reuters) Foto: Estadão

É certo que a pressão política dos petistas pela queda dos juros ganhará mais força depois que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central deu um "cavalo de pau" na condução da política monetária e decidiu manter a taxa de juros em 14,25%, em direção contrária à sinalização anterior de que subiria a Selic para derrubar a inflação.

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Na esteira dessa guinada nos juros, porém, é o ministro da Fazenda, Nelson Barbosa, que fica agora mais pressionado a dar as respostas que o PT e os partidos da base do governo esperam dele para tirar a economia da recessão.

A urgência por novas medidas fica mais latente com os sinais de uma aceleração do desemprego diante da falta de perspectiva na recuperação econômica. Os dados divulgados hoje pelo Ministério do Trabalho alimentam a pressão, com o fechamento de 1,542 milhão de postos de trabalho com carteira assinada em 2015- o pior resultado da série histórica iniciada em 1992.

Os números de dezembro assustam. No mês, foram fechadas 596,2 mil vagas formais de emprego. O aumento do desemprego, repita-se, é a maior das preocupações do Palácio do Planalto.

Por enquanto, há um sentimento de "compasso de espera" em relação a Barbosa, como resumiu uma liderança do PT. Mas é visível a impaciência petista com a falta de ação do novo ministro da Fazenda. Há pouco mais de um mês no cargo, ele adotou o discurso da austeridade fiscal, mas preferiu não lançar ainda um grandioso pacote de estímulo.

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O resumo é que os aliados - em meio a um processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff - vão voltar do recesso parlamentar "a frio". Sem nada para "vender" no futuro, os aliados ensaiam cobrar mais duramente iniciativas de Barbosa.

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