Aberta a porta da interatividade, redobraram as críticas ao uso da propaganda. O consumidor está mais exigente e arredio diante de tanto canal de acesso a informações. Entidades e organizações não-governamentais (ONGs) querem limitar o uso de mensagens publicitárias. Políticos, para agradar eleitores, despejam no Congresso projetos restringindo a atividade. Há mais de 400 propostas nesse sentido.
A Abap se vê obrigada a ir para a trincheira em defesa dos profissionais que fazem da indústria da comunicação brasileira um negócio que emprega cerca de 600 mil pessoas e movimenta 1,8% do Produto Interno Bruto (PIB) do País, R$ 43,7 bilhões em 2007, pelos dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Desde junho de 2008, quando realizou o 4º Congresso do setor, a entidade passou a desempenhar ação mais propositiva e aguerrida em relação aos interesses do meio. Veja o que diz o atual presidente da associação.
Qual o balanço dos sete meses de gestão à frente da Abap?
É uma continuidade do que vinha sendo feito na gestão anterior e da qual já participava. Temos bandeiras bem delineadas como a defesa incansável da liberdade de expressão comercial alicerçada no Conar (Conselho de Autorregulamentação Publicitária). Entendemos que a autorregulamentação funciona. O código de ética da atividade foi criado em 1978. O Conar existe desde 80 e, desde então, foram feitos 6.900 julgamentos. São 160 jurados, entre os quais representantes da sociedade civil. Qualquer pessoa que se julga enganada pode acessar o Conar, que pode tirar a propaganda do ar em 72 horas.
Veja a entrevista na íntegra no Estadão de hoje ( "A propaganda ética educa e informa" ) na pág. B6.