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Balões biodegradáveis

Paulo Liebert/AE

Por Marili Ribeiro
Atualização:

O ritual anual dos balões dispersos a partir do Pátio do Colégio, no centro da cidade de São Paulo, que se repete há 18 anos na passagem do ano, foi menor que o habitual. A crise global também afetou a celebração. A Associação Comercial de São Paulo, que promove o evento, reduziu a quantidade de bexigas de gás soltas ao vento. Foram 60 mil, contra as 100 mil de anos anteriores.

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E, para se manter em sintonia com as preocupações ambientais, foram soltos pela primeira vez balões biodegradáveis. Em dois dias, eles são absorvidos pelo meio ambiente. São confeccionados em látex natural, e não em plástico, e o gás Hélio utilizado não é inflamável e nem contribui para o efeito estufa.

O uso de balões no encerramento das atividades do ano substituiu a prática dos papéis picados que, por anos, eram jogados pelas janelas dos prédios do centro da cidade. O problema com a antiga prática era o excesso de papel entupia bueiros. A proposta de mudar partiu dos próprios funcionários da entidade e virou um tradição com público que já chegou a seis mil pessoas.

Quem se foi ver a nuvem de balões subir este ano presenciou uma homenagem ao Corinthians, na interpretação do superintendente geral da Associação Comercial, Márcio Aranha. "Os balões voaram em direção à região Leste para homenagear os 100 anos do Corinthians", brincou ele. O timão tem sua sede nessa área da cidade.

E, também enquanto os balões inundavam ao céu paulistano, o relógio do Impostômetro, inaugurado em 2005 pela Associação Comercial, registrava a marca de R$ 1,090 trilhão em impostos municipais, estaduais e federais pagos pelos brasileiros desde o primeiro dia do ano. Foi um crescimento de 3,3 % em relação a 2008. Nesse caso, como também diz Aranha, não há muito a festejar.

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