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Por Marili Ribeiro
Atualização:
 Foto: Estadão

O perfil do comprador que ficou na fila esperando um modelo Mini Cooper nos últimos meses tinha características comuns. A maioria era homem, com 45 anos ou mais. Profissionais bem sucedidos em suas áreas e com famílias constituídas, eles são apreciadores de viagens e bons vinhos. A compra do carrinho de origem inglesa, que custa em torno de R$ 130 mil, é assumida como um merecido regalo por terem chegado bem no que se convencionou chamar "maturidade".

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O Mini Cooper na garagem funciona como uma espécie de botox masculino. Faz com que se sinta rejuvenescido, sem ter que passar por uma plástica radical. Algo, no universo masculino, como trocar de mulher, por uma com menos de 30, malhar todos os dias na busca da eterna juventude, e tentar disfarçar os inevitáveis cabelos brancos.

A pregação da dona da marca, a empresa alemã BMW, vai na linha de que nesse modelo de carro não é para ser vendido como um simples produto, mas está relacionado a um conceito de modernidade urbana e a um estilo de vida voltado para a qualidade. Aliás, foi com essa embalagem de marketing que a marca, criada há mais de 50 anos, foi resgata. Na Europa, virou carro de descolados, artistas e profissionais liberais.

No Brasil, a empresa descobriu um atraente mercado. Vendeu mais de 1.200 unidades no ano passado. Agora, parte para ampliar seu público. Está comercializando um modelo mais simples, sem tantos acessórios, o que faz o preço cair um pouco. Adotou um financiamento de parte do valor, e pretende abrir 13 lojas este ano fora de São Paulo. A primeira delas será em Belo Horizonte. Mas Rio e Brasília já estão na programação.

O grupo BMW fabrica automóveis e motocicletas das marcas BMW, MINI e Rolls-Royce. Tem 24 fábricas em 13 países e faz vendas, através de concessionários, em mais de 140 países, como o Brasil.

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