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Kaiser tem dono novo, e nova chance

Até cair no portfólio da holandesa Heineken, a cervejaria Kaiser - criada pelo empresário mineiro Luiz Otávio Possas Gonçalves em 1982 - passou por vários donos e enfrentou inúmeras oscilações de participação de mercado.

Por Marili Ribeiro
Atualização:

Com preço atraente, a marca ganhou adeptos e, em 2002, chegou a deter 15% de participação nas vendas de cerveja no País. Mas, com a fusão das concorrentes Brahma e Antarctica, que criou a AmBev em 1999, o cenário mudou.

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A AmBev começou a mostrar sua força. Nem mesmo usando as divertidas campanhas publicitárias com o baixinho da Kaiser, protagonizadas pelo ator José Valien, a companhia resistiu à acentuada perda de mercado.

Sem condições de expandir sua atuação, a saída para a Kaiser foi a busca por um sócio. Surgiram no disputado jogo cervejeiro nacional os canadenses da companhia de bebidas Molson. A investida não deu certo e, em 2006, novos donos se candidataram à compra. Desta vez foram os mexicanos da Femsa, um dos maiores engarrafadores de Coca-Cola no mundo.

Desde o começo, a holandesa Heineken tinha 17% do capital da Femsa Cerveja Brasil. Ontem, com uma troca de ações no México, a operação da cervejaria Femsa no mundo, que inclui o Brasil, passou para as mãos da Heineken.

A atração pelo mercado consumidor brasileiro se justifica. O Brasil é o quatro mercado global, com 10 bilhões de litros consumidos por ano, logo atrás dos chineses, americanos e alemães. Com a crise financeira global, que derrubou as vendas nos países maduros, os países emergentes ficaram ainda mais tentadores.

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Mais informações no Estado de hoje ("Heineken pode ser saída para Kaiser") páG. B11.

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