McDonalds verde é erro

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Por Marili Ribeiro
Atualização:

Flávia Vigio, vice-presidente de Comunicação da Arcos Dourados, dona das franquias da rede McDonald's América Latina, garante que foi um "erro de interpretação" a tal migração da logo vermelho e amarelo da atual assinatura da empresa para um modelo verde e amarelo. "Houve um mal entendido sobre o que alguém da companhia falou em uma entrevista e acabou publicado errado. A logo não vai mudar. Segue sendo vermelha e amarela.", diz ela. "Na Europa, há uma série de testes e iniciativas voltadas para os restaurantes verdes, mas não envolvem alteração da marca McDonald's".

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No Brasil há apenas uma lanchonete nos padrões verdes, que fica em Bertioga, no litoral sul de São Paulo. O problema de replicar o modelo, segundo Flávia se dá por conta de uma característica básica do projeto. A idéia de espaços ambientalmente integrados considera o aproveitamento das condições locais. Assim, por exemplo, os recursos usados na loja de Bertioga para solucionar problemas de ventilação aproveitam os ventos frescos típicos da região e não podem ser reproduzidos em outro local. As chamadas "lojas verdes" saem até 40% mais caras do que as convencionais.

Na Europa, a mais famosa rede de fast food mundial tem radicalizado no visual das lojas que apelam para o discurso do "verde" no sentido do ecologicamente sustentável para o meio ambiente. Lá, as paredes assumiram um tom verde musgo, sobre o qual se destaca o amarelo do M símbolo da rede. Matérias publicadas sobre a iniciativa, dizem que já há cerca de 100 lojas na Alemanha do gênero. Na Grã Bretanha e França também crescem o número de franquias com a fachada verde. Com saladinhas no cardápio, a franquia tenta com essa tática de marketing global melhorar sua fragilizada imagem de vendedora de comida calórica e pouco saudável. Será que funciona?

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