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Por Marili Ribeiro
Atualização:

O presidente de júri que, este ano no Festival de Publicidade de Cannes, assumiu o papel de durão foi o americano David Lubars. Sua atitude não chega a ser novidade. Todos os anos, um deles se destaca na função de querer pôr ordem nas disputas e negociações de bastidores dos jurados em defesa de seus países. Ele comandou dois dos mais considerados júris de Cannes, o de anúncios impressos e de filmes comerciais. Pegou a fama porque, na hora de os júris apresentaram as listas prévias, ele mandou cortar pela metade. Não estava disposto a distribuir Leões a rodo. Num ano de crise, Lubars deu entrevista avisando que acreditava ser seu papel limpar o "lixo", eliminando tudo o que não tivesse "frescor, beleza ou autenticidade". Alto e sempre de cabeça muito erguida, Lubars se diz apreciador da produção brasileira.

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Quem merece o prêmio máximo, o Grand Prix? Em anúncios impressos, a minha peça preferida era um anúncio do Brasil (da agência AlmapBBDO para a Escola Panamericana de Artes), mas ele não ganhou. Os jurados preferiram o anúncio da Wrangler.

Por então o Brasil não chegou lá? Houve uma discussão intensa entre os jurados. Não ficaram somente entre uma e outra peça. Mas pelo menos três trabalhos entraram na disputa final. As peças da Wrangler, da Alka Seltzer e da Latin Stock (também do Brasil, da DM9DDB).~Foram três candi~datos com o mérito e frescor para estar lá, na disputa.

Qual é a atual tendência da propaganda? Não há tendência. Isso é uma bobagem. Há boas idéias. As que funcionam são as que chegam ao consumidor e dão o seu reacdo. As outras, merecem o lixo.

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