Os integrantes do júri do Conar entenderam que a agência de publicidade Mood, que criou a peça, fez uma associação direta da mulher com a cerveja, assim como passou do ponto no apelo à sensualidade. Isso fere as regras da entidade, estabelecidas para evitar excessos no caso da propaganda de cerveja.
A propaganda fica proibida de veiculação em televisão, na mídia impressa e também no site da empresa. Mas segue em cartaz no portal YouTube. O Conselho só autorizou a permanência do anúncio em rádio.
A defesa da Devassa argumentou que as peças publicitárias são focadas no fotógrafo e não em Paris Hilton. Apresentaram aos jurados um vídeo com propagandas de cerveja de concorrentes que não foram barradas no Conar, apesar de recorrer à sensualidade feminina. Mostraram anúncios com a atriz Juliana Paes, no papel da BOA da Antarctica, assim como da moça do tempo da Skol. Não sensibilizaram os defensores da tese sexista da Devassa.
Cabe recurso e a Schincariol considera recorrer. De qualquer forma, pessoas ligadas à campanha avaliam que houve um julgamento mais emocional do que técnico. Dizem que, depois de toda a reação contrária à saída do ar da propaganda _ que, inclusive, condenou as ações do Conar _, a entidade se sentiu agredida. Tanto que os cerca de 13 jurados presentes ao julgamento decidiram por unanimidade para passar a idéia de coesão.