As agências que representam o Brasil nos últimos anos têm tido participação crescente no festival. O País já é o segundo em volume de inscrições, abaixo apenas dos EUA. Os americanos representaram 14% do total das mais de 28 mil peças levadas a julgamento no festival. O Brasil deteve 9% do total, com 2.646. Logo, a redução da presença brasileira é sim justificativa para os ingleses da empresa Emap, que organiza o evento, acenderem o sinal de alerta.
Diante disso surgiu a proposta de levar aos organizadores do Cannes Lions a sugestão dele vir a ser realizado do Brasil. Não é um absurdo. No passado, houve discussão para que ele fosse feito, por exemplo, em Barcelona. Na época, a maior queixa dos participantes se dava por conta de condições de infraestrutura, como problemas com a lentidão e até interrupção do serviço de banda larga. Fato que, num festival de comunicação, é grave.
Levantada a questão, o diretor executivo de estratégia corporativa e mercado anunciante do Grupo Estado, Fabio Costa, responsável pelo festival no Brasil, considerou levar a proposta. "Por que não em Angra dos Reis, nossa Riviera ?", diz ele.
O Brasil é reconhecido por sua criatividade na propaganda mundialmente. Profissionais do meio trabalham em agências espalhadas nos quatro cantos do mundo. No ano passado, obteve 66 Leões, o tão cobiçado troféu do Cannes Lions. Esse desempenho colocou o País em quatro lugar entre os mais de 90 países que participaram no evento. Talvez seja mesmo hora de se começar uma campanha por Angra Lions.