Pelos dados levantados, não haveria grande sobreposição de público, o que permite, no futuro, que a marca Ponto Frio foque seus objetivos nas classes AB, deixando as classes C, D e E para "a sócia" Casas Bahia. Essa possibilidade foi considerada pelo próprio diretor financeiro do Grupo Pão de Açúcar, Enéas Pestana, ao ser questionado sobre o tema.
No estudo que expõe a "complementaridade de posicionamento no mercado de bens duráveis", a rede Ponto Frio é a que mais atende às classes de maior poder aquisitivo e tem até uma fatia mínima da classe A. A grande disputa concentra-se entre consumidores da classe C. Todos os varejistas desse segmento - das Casas Bahia a Magazine Luiza, Pernambucanas, Ricardo Electro e Insinuante - estão no encalço desse público. "No futuro, talvez possamos dirigir o Ponto Frio para as classes AB e deixar as outros consumidores para as lojas das Casas Bahia", diz Pestana.
A guerra de comunicação no setor sempre foi acirrada. Tanto que as redes varejistas estão entre os grandes anunciantes do País. As Casas Bahia, por sinal, lideram o ranking dos maiores anunciantes desde 2003. A verba que aparece na listagem Agências e Anunciantes, da Editora Meio e Mensagem, aponta gastos de R$ 1,2 bilhão em 2008, último número disponível.
Mais informações no Estado de hoje ("Marcas buscam extremos de mercado") pág. B11.