No ano passado, o Brasil tinha ficado em segundo lugar, com a AlmapBBDO, que este ano também repetiu a classificação. A visibilidade obtida nessas competições projeta a boa imagem da criatividade nacional no negócio da propaganda globalmente.
O mérito pode até ser relativo, como dizem alguns profissionais do meio, em razão da menor presença das agências americanas e europeias na competição deste ano. Elas inscreveram menos peças em decorrência da grave crise global que afetou suas economias.
Outro fator considerado é a mudança operada no negócio da propaganda com o avanço de outros canais de comunicação, como os digitais, nas ações de construção de marca e distribuição de mensagens publicitárias. Condição que ainda não é contemplada nos critérios de classificação para o prêmio de Agência do Ano em Cannes.
No maior mercado do mundo no setor, o americano, a cada ano que passa esse cenário fica mais visível. Este ano, por exemplo, os americanos tiveram ótima performance em Cyber Lions, com 21 Leões em propaganda online, e péssima em anúncios impressos, onde ganharam apenas dois Leões em Press Lions.
Para ser Agência do Ano, a empresa tem que somar pontuação em 4 das atuais 11 categorias em disputa. E são elas as mais tradicionais na competição: anúncios impressos, outdoor, rádio e filmes.
Apesar das mudanças que vão dando nova configuração ao mercado, a favor das agências brasileiras, e da DM9DDB em particular, esta é a terceira vez que a agência ganha o prêmio. Ganhou em 1998 e repetiu a dose no ano seguinte. Além dela, o Brasil conquistou o mesmo título em 2000, com a agência AlmapBBDO, e em 2001, com a F/Nazca Saatchi&Saatchi.
Mais informações no Estado de hoje ("A DM9DDB é a agência do ano") pag. B16.