Segundo o administrador de carteiras Fábio Colombo, em março o mercado internacional foi surpreendido com a crise na Ucrânia e anexação da Criméia pela Rússia, o que levou as bolsas a oscilarem muito, com receio de desdobramentos econômicos e bélicos de maior vulto. A crise continua sem uma solução diplomática. Em função disso, a maioria dos mercados acionários acabou apresentando grandes oscilações, com retornos, em dólares, na faixa da - 4 a 9%.
Para alguns, especialistas, porém, a crise na Ucrânia não foi de todo mal para o Brasil, pois teria havido uma fuga de capitais da Rússia. Neste cenário, a Bovespa foi uma das escolhidas pelos investidores estrangeiros para as novas aplicações.
No ano, porém, as melhores aplicações são o ouro e os títulos públicos indexados ao Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA). A boa notícia é que nesta comparação, nenhuma aplicação está no terreno negativo.
Em abril, algumas variáveis devem ser acompanhadas pelo o mercado, de acordo com Colombo. Entre elas, estariam a evolução do debate sobre o aumento dos juros e o processo de retirada de estímulos, pelo Fed, à economia americana, e suas consequências para a economia mundial, os dados reais sobre o crescimento das economias da China, EUA e Europa, a evolução da crise na Ucrânia e o caso Petrobrás na compra da refinaria Pasadena.