A companhia aérea KLM vai ter de dar explicações ao Procon sobre o fato de ter impedido um professor de embarcar em um voo para Paris por ele ser cadeirante.O Procon-SP notificou a empresa, pedindo esclarecimentos.
A empresa terá que apresentar os fundamentos jurídicos que embasaram a decisão de inviabilizar o embarque do passageiro com deficiência, sob argumento de não comunicação prévia com 48 horas de antecedência.
Além disso, o Procon pediu os dados do referido voo, com informações de quantos assentos foram disponibilizados para passageiros com deficiência.
A companhia ainda deve esclarecer qual solução foi disponibilizada ao passageiro e demonstrar em que momento no ato da compra o cliente especial é questionado quanto a sua deficiência, seja compra presencial ou por meio eletrônico. O site da companhia também deveria trazer a informação de forma clara e precisa da necessidade de o passageiro avisar sobra a deficiência, com antecedência.
No último sábado, 21, o professor universitário Wilton de Azevedo foi impedido de pegar um voo para Paris da KLM por ser cadeirante. Segundo o passageiro, a companhia lhe informou no momento do check in que pelas regras da empresa nenhum cadeirante pode viajar sozinho e que, ao reservar a passagem, ele deveria ter informado sobre a necessidade do transporte da cadeira de rodas.
Segundo o Procon-SP, se ficarem comprovadas irregularidades, a empresa poderá ser penalizada nos termos do Código de Proteção e Defesa do Consumidor.