Para 16% dos brasileiros, não houve sobra de dinheiro após o pagamento das despesas essenciais no segundo trimestre. Apesquisa Confiança do Consumidor Global da Nielsen mostra que houve um aperto maior do orçamento. No último levantamento, referente ao primeiro trimestre, 10% dos consultados não conseguiam ter reservas depois do pagamento dos gastos essenciais.
Entre os dois trimestres, diminuiu também a propensão a poupar e investir. Caiu a porcentagem de pessoas que disseram utilizar a soba de dinheiro para investir em ações ou fundos, colocar na caderneta de poupança e aplicar na previdência privada. Quitar dívidas continua sendo o principal destino para as reservas mensais.
Segundo a Nielsen, a confiança do brasileiro também piorou, visto que quase todos os entrevistados brasileiros acreditam que estão vivendo em um período de recessão, já que o sentimento aumentou cinco pontos percentuais, chegando em 90% em comparação com o primeiro trimestre.
A confiança dos consumidores diminuiu em seis dos sete mercados latino-americanos pesquisados. O Brasil (81 pontos) teve a maior queda, de sete pontos no índice em comparação com o primeiro trimestre. O índice do Peru (95) diminui quatro pontos, seguido por quedas de três pontos no Chile (84) e na Venezuela (62). A confiança do consumidor no México (84) e na Colômbia (93) diminuiu dois e um ponto, respectivamente. Já a Argentina foi o único país na região a ter um aumento: a confiança subiu seis pontos, para 81.