Com a manutenção da taxa básica de juros Selic em 11% ao ano, o rendimento dos fundos manteve a vantagem perante a poupança. A caderneta só passa a ganhar se a taxa de administração do fundo for superior a 2%. A Selic serve como parâmetro de rentabilidade de aplicações de renda fixa.
Na escolha do fundo, vale a regra de quanto menor o custo (taxa de administração) maior será o potencial de retorno. Considerando que o fundo consiga render a Selic, a Anefac (Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade) fez uma simulação para diferentes cenários.
Quando a taxa é inferior a 2%, os fundos ganham da caderneta independentemente do prazo de resgate do investimento. O Imposto de Renda (IR) varia conforme o tempo da aplicação (veja tabela abaixo). Caso a taxa cobrada seja igual a 2%, a poupança passa a ganhar se o resgate for feito em até seis meses, pois nesta situação os fundos pagam o maior IR da tabela (22,5%). Em resgates mais longos, os fundos ainda ganham.
A vantagem se inverte para taxas acima de 2%. A poupança ganha na maioria das simulações. A exceção ocorre quando a taxa de administração é de 2,5% e o prazo de resgate do fundo é acima de dois anos (IR de 15%). Neste cenário, a poupança renderia 0,55% ao mês, enquanto os fundos 0,56%.
Caso o investidor tivesse aplicado R$ 10 mil, teria acumulado R$ 10.655 na poupança após um ano, seja ela a antiga ou a nova, já que agora, com a Selic acima de 8,5% ao ano, as duas rendem a mesma coisa. Já em um fundo com taxa de administração de 0,5%, a soma seria de R$ 10.834 ao fim do ano.
Em um fundo com administração de 3%, por sua vez, o valor diminuiria significativamente (R$ 10.591). Veja o quadro completo das rentabilidades abaixo:
Prazo de resgate | Imposto de Renda |
Até 6 meses | 22,50% |
De 6 meses a um ano | 20,00% |
De um ano a 2 anos | 17,50% |
Acima de 2 anos | 15,00% |