A perspectiva do euro

Grandes problemas na Europa, sem dúvida. Mas é fácil perder a perspectiva em face da dimensão do problema grego. Assim, aqui vai um gráfico mostrando a distribuição do Produto Interno Bruto (PIB) da zona do euro em 2008:

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Por Paul Krugman (The New York Times)
Atualização:
 Foto: Estadão

Alguns detalhes a notar: primeiro, a Grécia, que atualmente aparece em quase todas as manchetes, é uma economia minúscula. Como é o caso de Portugal e Irlanda. O único país com uma economia de porte considerável, entre aqueles que hoje estão fazendo notícia, é a Espanha. (Se a Itália realmente for envolvida pela crise, isso mudará.)

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E, como procurei documentar, a história da Espanha não se enquadra num caso de irresponsabilidade fiscal sustentada que leva a uma crise inevitável. O orçamento do país estava em perfeito estado até ser atingido pela crise; seus problemas foram os custos crescentes diante das enormes entradas de capital e não ter nenhuma possibilidade de fazer um ajuste agora por causa da moeda comum.

No geral, o grupo dessas economias problemáticas representa cerca de 20% do PIB da zona do euro. Assim, mesmo um drástico arrocho fiscal não terá um grande impacto - e certamente não ajudaria.

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