Alguns detalhes a notar: primeiro, a Grécia, que atualmente aparece em quase todas as manchetes, é uma economia minúscula. Como é o caso de Portugal e Irlanda. O único país com uma economia de porte considerável, entre aqueles que hoje estão fazendo notícia, é a Espanha. (Se a Itália realmente for envolvida pela crise, isso mudará.)
E, como procurei documentar, a história da Espanha não se enquadra num caso de irresponsabilidade fiscal sustentada que leva a uma crise inevitável. O orçamento do país estava em perfeito estado até ser atingido pela crise; seus problemas foram os custos crescentes diante das enormes entradas de capital e não ter nenhuma possibilidade de fazer um ajuste agora por causa da moeda comum.
No geral, o grupo dessas economias problemáticas representa cerca de 20% do PIB da zona do euro. Assim, mesmo um drástico arrocho fiscal não terá um grande impacto - e certamente não ajudaria.